03/09/2010 - 19h55

Mercadante minimiza vantagem de Alckmin e critica ação de Serra contra Dilma no TSE

Diego Salmen
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, minimizou nesta sexta-feira (3) a vantagem de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, nas pesquisas de intenção de voto. "A diferença vem diminuindo fortemente. Depois que começou o horário eleitoral eu venho subindo fortemente. E hoje eu tenho o dobro do que os outros candidatos do PT tinham em setembro nas últimas eleições", afirmou.

O petista ainda foi confrontado com o resultado de sondagem divulgada nesta noite pela Ibope, segundo o qual o candidato do PSDB subiu de 47% das intenções de voto para 51%, enquanto Mercadante caiu de 23% para 20%.

"É diferente do resultado da outra pesquisa, que mostra que eu subi três e o Alckmin caiu dois", disse o petista, em referência à pesquisa do Ipespe divulgada na manhã desta sexta, onde subiu de 17% para 24% da preferência do eleitorado com o início da propanda eleitoral gratuita, ante uma queda de 50% para 46% do candidato do PSDB.

Mercadante criticou a tentativa da campanha do presidenciável José Serra (PSDB) de cassar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por conta da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao tucano.

"Vamos aguardas a investigação. Você não pode fazer acusação sem nenhum indício. Eu acho completamente descabido o adversário dizer 'vamos cassar a candidatura da Dilma'. Quando tentaram atacar a filha do Serra, Verônica, em 2005, eu subi na tribuna do Senado e disse: 'isso não pode acontecer'", afirmou.

Uma servidora da Receita Federal acessou, em setembro de 2009, a declaração de renda da filha de Serra com uma procuração falsa em nome de Verônica. Outras pessoas ligadas ao PSDB tiveram seu sigilo fiscal quebrado, como Eduardo Jorge, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.

Para Serra, os sigilos foram quebrados pela campanha de Dilma na tentativa de obter informações para um dossiê que pudesse incriminar o candidato tucano. A campanha da petista nega, e a própria ex-ministra da Casa Civil prometeu processar o rival por conta das acusações, tidas por ela como "levianas".

Além disso, Mercadante negou as associações com Hamilton Lacerda que vieram à tona após a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra. Em 2006, Lacerda, à época seu assessor, foi acusado de envolvimento na compra de informações contra Alckmin, candidato tucano à Presidência da República na ocasião.

Segundo a Polícia Federal, Lacerda teria entregue R$ 1,7 milhão a duas pessoas para custear o dossiê. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou os envolvidos no episódio de "aloprados".

O senador também criticou as acusações feitas pela campanha do tucano no horário eleitoral obrigatório, segundo as quais o senador do PT faltou em uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos que decidiria sobre novas verbas para o metrô paulista.

Ele admitiu que faltou em três das mais de trinta reuniões relacionadas ao tema. "Em oito anos de mandato, é claro que eu faltei. Duas das minhas faltas foram por conta de cirurgias", disse.
 

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