20/08/2010 - 12h17

Alckmin reforça apoio Serra e diz que PT é especialista em falar mal de SP

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, voltou a afirmar que está dando total apoio à candidatura do tucano José Serra à Presidência e criticou os comentários negativos do adversário, Aloizio Mercadante (PT) com relação à administração tucana no Estado.

''O PT é ótimo para falar mal de São Paulo, é a especialidade deles. Mas quanto dinheiro o PT colocou no metrô em São Paulo quando governou a cidade? Zero. Quanto colocou no Rodoanel? Zero. Mas financiou metrôs na Bahia, Fortaleza, Recife'', disse Alckmin durante a sabatina do jornal Estado de S.Paulo, nesta sexta-feira (20).

O tucano usou boa parte da entrevista para rebater as críticas e declarações feitas pelo adversário petista, sabatinado ontem. Entre elas, a afirmação de Marcadante de que a violência no Estado e em todo o Brasil só caiu devido à lei do desarmamento.

''O candidato do PT disse que caiu [a taxa de homicídios] em todo o Brasil. Não é verdade. Só caiu no sudeste, por causa de São Paulo'', disse. "Quando o PSDB assumiu, São Paulo era o quarto Estado em número de homicídios. Hoje é o 25º'', reforçou o tucano, que bateu na tecla da participação do governo federal na guerra contra o tráfico de drogas.

''Tráfico de drogas é omissão do governo federal. O Serra está certíssimo em propor o ministério da Segurança Pública para mostrar que o governo federal precisa entrar nessa briga''.

Alckmin também rebateu as informações de que os policiais do Estado não receberam aumento de salário. "A folha de pagamento de São Paulo aumentou de R$ 380 mi para R$ 2,1 bi. Como é que não teve aumento? Não é o [salário] ideal, mas nós vamos melhorar", disse.

Entre os projetos para a área de segurança pública, Alckmin prometeu zerar os presos em cadeia em quatro anos, transferindo os detentos para o CDP (Centro de Detenção Provisória).

Além disso, negou que a TV Cultura estava sendo aparelhada pelo PSDB e classificou de "ilegal" a proposta de Mercadante de criar um BNDES para o Estado de São Paulo.

''É ilegal. Acho que ele não conhece a lei. É proibido um Estado criar um banco de fomento, o Banco Central não permite. O que a lei permite são agências de fomento, que foram abertas por Serra e nós vamos aumentar'', disse.

Campanha e horário eleitoral

Alckmin disse que pretende tornar público o financiamento de sua campanha e criticou os investimentos milionários nos programas eleitorais. "Eu sou da tese do Mario Covas. O que é caro numa campanha? Rádio e TV. Tem que ter apenas uma mesinha e uma cadeira. Hoje virou uma coisa cinematográfica. Acho que precisávamos fazer uma coisa mais verdadeira''.

Ao comentar a menção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo programa de Serra no horário eleitoral, Alckmin disse que Serra não usou a imagem de Lula para se promover, "foi uma questão de civilidade", já que os dois já trabalharam juntos ao longo da carreira política.

A narração do programa do tucano começou com a frase ''Serra e Lula. Dois homens de história'', enquanto era exibida uma imagem de arquivo com ambos se cumprimentando.

Questionado sobre o apoio a Serra, Alckmin voltou a desmentir que não esteja se empenhando na campanha. "O Serra estando em São Paulo eu cancelo minha agenda. A minha agenda é dele. Ele está em primeiro lugar em São Paulo", disse.

Em resposta a pergunta de uma internauta sobre porque ele não exalta os feitos de Serra em seu programa, o tucano disse que ''o programa está começando''. ''Nós fomos passando o bastão desde o Covas. Um fez mais que o outro. O Serra fez um grande governo'', disse.

Sites relacionados

Siga UOL Eleições

Hospedagem: UOL Host