17/08/2010 - 13h53

Nos bastidores do debate, assessores tuitam, dão dicas, torcem e reclamam

Mauricio Stycer
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Russomanno e assessores durante intervalo do debate Folha/UOL

    Russomanno e assessores durante intervalo do debate Folha/UOL

Enquanto os principais candidatos ao governo de São Paulo participavam do debate, nos bastidores do Tuca, o teatro da PUC-SP, ocorria uma disputa paralela entre os seus assessores.

Aloizio Mercadante (PT) veio com a maior tropa: nove assessores. Geraldo Alckmin (PSDB) chegou ao Tuca de mãos dadas com a mulher, Lu, e quatro auxiliares. Celso Russomanno (PP) também trouxe a mulher e apenas dois assistentes. Sentados em grupos, sem falar uns com os outros, os assessores assistiram ao debate por uma televisão.

A equipe de Mercadante era a mais agitada. Logo na abertura, o candidato do PT respondeu à primeira pergunta olhando para a câmera errada. Seu marqueteiro, Augusto Fonseca, foi até a boca do palco tentar adverti-lo, mas não conseguiu chamar a atenção do petista. Apenas no intervalo, Fonseca avisou Mercadante do problema.

Sem a presença de Woile Guimarães, principal marqueteiro de Alckmin, quem cuidava mais de perto do candidato era Felipe Soutello. Carregando apostilas com dados do governo estadual, conferia os números citados. Demonstrou irritação com uma menção de Mercadante à segurança e, no intervalo, apresentou números a Alckmin.


Tuitando o tempo todo, o presidente estadual do PT, Edinho Silva, observou que Alckmin cometeu um “erro tático” ao criticar o governo federal, mesmo sem citar o nome do presidente Lula. Já Soutello via na aliança entre Mercadante e Russomano uma arma a favor do seu candidato. “O eleitor percebe e não aprova.”

Os petistas protestaram mais de uma vez contra a cronometragem do tempo que cada candidato tinha para responder as perguntas. Em uma ocasião, o cronômetro demorou 10 segundos para ser acionado, enquanto Alckmin já respondia. Bem-humorado, o mediador do encontro, Fernando Rodrigues, respondeu: “Ele errou democraticamente, contra todos os candidatos.”

Apesar de afirmar que seu candidato não precisava de ajuda nos bastidores, Yan Von Brewer, coordenador da campanha de Russomano, assistia ao debate girando nervosamente a caneta. Já Soutello coçava o bigode sem parar sempre que os adversários de Alckmin falavam. E Edinho Silva não desgrudava do Twitter.

No quinto bloco, o vereador Zé Américo do PT protestou contra a primeira pergunta dirigida pelos internautas a Mercadante. Considerou muito dura e achou que Alckmin foi beneficiado por uma “fácil”. Disse que iria fazer uma reclamação formal ao mediador, mas desistiu depois de ouvir as demais perguntas.

Como ocorreu no primeiro debate, na Band, Mercadante e Russomano vieram com gravatas vermelhas. Alckmin, de amarelo, desta vez não ironizou a vestimenta dos seus adversários. “Se ele falasse qualquer coisa, ia ouvir”, disse o candidato do PP.

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