17/08/2010 - 11h30

Alckmin critica caos nos aeroportos federais e Mercadante chama tucanos de privatistas

Gabriela Sylos
Do UOL Eleições
Em São Paulo

No segundo bloco do debate entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT) trocaram acusações sobre os investimentos em aeroportos e a questão dos pedágios no Estado.

Alckmin criticou a situação nos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas). O candidato petista apontou o esvaziamento do interior do Estado para justificar a situação atual dos aeroportos perto da capital. Segundo Mercadante, o governo estadual apenas espalhou presídios e pedágios pelo interior e não investiu no setor rodoviário, deixando de lado a revitalização das linhas ferroviárias e prejudicando o andamento do trem-bala. “Tem que ter projeto de desenvolvimento, como o governo Lula”, disse o petista.

“Não tem política de desenvolvimento no interior para não precisar se deslocar até a capital”, disse Mercadante, criticando, mais uma vez, os pedágios excessivos no Estado.

Alckmin, por sua vez, disse que Mercadante só tem críticas e não apresenta propostas. “Nem o terceiro terminal foi feito em Congonhas. Em Viracopos não tem nem pátio de estacionamento”, apontou Alckmin.

O candidato petista acusou o tucano de não investir nos projetos para a Copa-2014, citando a demora em licitar o trem-bala. “Vocês só foram rápidos para fazer pedágios, e não para investir no setor rodoviário”, acusou Mercadante.

Privatização
Ao comentar a situação educacional no Estado, Mercadante tocou na questão da privatização e disse que só há qualidade no ensino para quem pode pagar. “O governo do PSDB tem fixação por privatização." Alckmin foi tachado de privativista duramente a disputa contra Lula pela Presidência, em 2006.

O candidato do PP aumentou o coro e disse que os alunos de escola pública estão excluídos e que os professores recebem mal, além de criticar a progressão continuada. Segundo Russomanno, “estamos criando exclusão social”. Ele afirma que quando o aluno sai da escola pública e não consegue entrar numa escola técnica. “Não adianta o aluno não conseguir entrar, e só o de escola particular conseguir.”

Em réplica, Mercadante disse que Alckmin transfere responsabilidades ou para o governo federal ou para o setor privado.

Segurança pública
Em sua pergunta, Celso Russomanno (PP) criticou a falta de estrutura da polícia e os altos índices de criminalidade no Estado. Alckmin bateu na tecla que o governo tucano diminui os homicídios. Ele cito ainda que construiu as três primeiras penitenciárias de segurança máxima do Estado e aumentou as vagas no sistema prisional.

Russomanno, em sua tréplica, afirmou que os números estão maquiados porque o governo não contabiliza mortos em hospitais após conflitos, por exemplo.

1º BLOCO DO DEBATE

Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP) aproveitaram o primeiro bloco do debate promovido nesta terça-feira (17) pelo jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL para atacar as áreas de saúde, segurança e da educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Por sua vez, o tucano resolveu atacar a falta de investimentos do governo federal em sua gestão

Debate inédito
O jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL promovem nesta terça-feira (17) um debate inédito pela internet entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo. Geraldo Alckmin (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP) participam do encontro no Tuca, teatro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com transmissão ao vivo pelo UOL.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (13), o candidato do PSDB lidera a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, com 54% das intenções de voto, contra 16% do petista e 11% de Russomanno.

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