17/08/2010 - 12h43

No 5º bloco, Mercadante e Alckmin discutem metrô; Russomanno defende Maluf

Rosanne D'Agostino
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Candidatos respondem a questões enviadas por internautas

    Candidatos respondem a questões enviadas por internautas

O metrô e o trânsito no Estado de São Paulo foram os temas centrais das perguntas de internautas no quinto bloco do debate com candidatos ao governo promovido nesta terça-feira (17) pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL. Enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) precisou defender que houve investimentos em transporte público durante o período da gestão tucana, diante das críticas de Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP) foi questionado sobre o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a sua candidatura.

Alckmin, Mercadante e Russomanno participam do debate inédito na internet no Tuca, teatro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com transmissão ao vivo pelo UOL, mediado pelo jornalista Fernando Rodrigues.

A primeira pergunta feita por um internauta do UOL sobre o metrô paulistano foi a Mercadante, que aproveitou para cutucar o tucano. “O governo do PSDB nesses 16 anos não cumpriu o que prometeu. Metrô, nós tivemos 500 metros por ano. A China tem quilômetros. Especialmente com a Copa do Mundo chegando, São Paulo precisa se preparar. E o governo federal colocou investimento à disposição. Nós vamos dar prioridade ao transporte coletivo em São Paulo.”

Alckmin rebateu a crítica em meio a resposta sobre planos de melhoria para a Polícia Civil e Militar no Estado. “Segurança é nossa prioridade”, respondeu o tucano. “Não é o ideal e nós vamos melhorar, vamos avançar bastante na remuneração. Mas me permita, sobre a questão do metrô. No meu governo nós entregamos a linha 5. E no próximo governo, vamos levar até a Chácara Klabin. O Serra [ex-governador] entregou Imigrantes, Sacomã e vai ser entregue mês que vem o Tamanduateí. E comecei a grande obra da linha 4 e vamos concluí-la.”

Russomanno, por sua vez, foi questionado sobre apoio de Paulo Maluf a sua candidatura. “O Maluf, Paulo, não apoiou só o Pitta [Celso, ex-prefeito de SP]. Apoiou o PT, apoiou o governo do PSDB quando Geraldo era candidato na chapa de [Mário] Covas. Se ele não tivesse voto, ninguém ia querer apoio dele. Ninguém pode negar que ele foi sempre um bom administrador, que ele fez muito por SP. Que ele tinha uma visão de futuro. E foi contestado por isso. Se não tivéssemos Ayrton Senna, não chegaríamos no Vale do Paraíba. Agora, quem vai governar é o Russomanno, ou alguém tem alguma dúvida da minha competência?”

Em seguida, Mercadante voltou a alfinetar Alckmin sobre o transporte público no Estado. “Nós tivemos algumas cidades que souberam aproveitar essa oportunidade [Copa do Mundo] de forma espetacular. Desde maio do ano passado, a Fifa definiu que SP está entre as sedes de abertura da Copa. E nós somos um Estado que tem grande interesse de se projetar internacionalmente. Até agora, o PSDB não conseguiu encaminhar nada do que se comprometeu. Estamos em agosto e não sabe nem onde vai ser mais a Copa do Mundo porque ficam em cima do muro e não conseguem se decidir. E um a das prioridades é construir metrô. Não é só que não vai dar pra fazer Copa, é que não vai mais dar pra gente se mexer.”

Russomanno complementou a crítica, afirmando que “falta vontade de investir em transporte coletivo”. “Eu vou trabalhar para que as pessoas da Grande São Paulo também tenham um transporte coletivo de qualidade”, afirmou. “O governo público não fiscaliza. Eu vou verificar a quantidade de ônibus nos horários de pico, e aí você vê as pessoas penduradas. E ninguém faz absolutamente nada.”

Alckmin também foi questionado por um internauta sobre a posição da gestão tucana em relação às privatizações no setor elétrico e sobre se as empresas não estariam cumprindo os editais. “Nós temos uma das maiores geradoras de energia. Nós tivemos a privatização de algumas hidrelétricas, respondendo especificamente, vou verificar. Fizemos um trabalho importante, porque a privatização trouxe para o Brasil um avanço significativo. Nós avançamos. Esse Estado provedor de tudo, ele não existe. É preciso trazer o setor privado para investir junto com o governo. E as estatais não podem ser loteadas. São Paulo tem boas estatais.”

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