17/08/2010 - 11h10

No primeiro bloco, candidatos atacam gestão Alckmin, que culpa governo federal

Rosanne D'Agostino
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Aloizio Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP), candidatos ao governo do Estado de S. Paulo, aproveitaram o primeiro bloco do debate promovido nesta terça-feira (17) pelo jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL para atacar as áreas de saúde, segurança e da educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Por sua vez, o tucano resolveu atacar a falta de investimentos do governo federal em sua gestão.

Geraldo Alckmin (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP) participam do debate inédito na internet no Tuca, teatro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com transmissão ao vivo pelo UOL, mediado pelo jornalista Fernando Rodrigues.

Saúde x Educação
Na primeira pergunta, sobre saúde, Mercadante afirmou que Alckmin prefere culpar o governo federal do que resolver os problemas do Estado. “Eu disse no último debate que a saúde não é prioridade do PT e a cidade, sob governo do PT, não construiu um hospital, não fez uma cama. E nós construímos 30 hospitais no Estado. E o governo federal tem diminuído o financiamento para o SUS”, disse Alckmin.

Em resposta, Mercadante trocou o assunto e voltou falando sobre educação, criticando a progressão continuada do governo tucano. “Lamentavelmente, falando como médico, o PT não prioriza a saúde”, respondeu Alckmin. “Em relação à educação, é muito fácil falar mal", continuou Alckmin. Ele ainda reclamou que não há investimento federal no Estado. “O PT até me admira, porque não sabe mais de onde veio. Quem criou a progressão continuada foi Paulo Freire”, rebateu Alckmin.

Segurança
Russomanno questionou Mercadante sobre segurança, mas também aproveitou para alfinetar a gestão Alckmin, afirmando que o crime organizado está comandando o crime na rua dentro dos presídios. “Eu não vou fazer como outros que ficam transferindo a responsabilidade daquilo que é nossa responsabilidade”, disse Mercadante. “Diz ele [Alckmin] que o governo federal não transfere um centavo do Fundeb [que custeia a educação básica] é desconhecer o que é feito.”

“No governo do Alckmin nós tivemos um problema seriíssimo porque de dentro dos presídios o PCC [Primeiro Comando da Capital] começou a atacar, e mostrou o tamanho das facções dentro dos presídios e o perigo para a sociedade”, continuou o candidato petista. “Sou coautor da lei de monitoramento eletrônico e nós podemos implantar penas alternativas para crimes de menor potencialidade. E prender os de alta periculosidade. Mais salário, mais inteligência policial para revertemos essa situação.”

Russomanno, por fim, disse que é preciso agir com tecnologia. “Para ver se está entrando um celular dentro do presídio. O presidiário trabalha com informação, com comunicação e se ele não tiver isso, ele não pode comandar o crime organizado aqui de fora. E o agente penitenciário ser submetido a exame toxicológico a cada seis meses, para controlar a entrada de drogas também.”

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