02/08/2010 - 16h44

Alckmin evita ligar ataques à polícia ao PCC e critica governo federal

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Depois de caminhar pelo centro de São Paulo com o presidenciável José Serra (PSDB), o candidato tucano ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, evitou associar os ataques a policiais da Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa de elita paulista], realizados neste fim de semana, ao PCC (Primeiro Comando da Capital), grupo criminoso que age nos presídios. Quando disputou o Palácio do Planalto em 2006, ele havia atribuído uma iniciativa semelhante, porém em menor escala, ao ano eleitoral.

"Acho precipitada essa avaliação", disse o ex-governador sobre a possível influência do PCC nos ataques à Rota. Alckmin aproveitou esta segunda-feira (2), dia que marca a aceleração da campanha por conta da cobertura da televisão, para repetir críticas ao governo federal e ao policiamento das fronteiras.

A polícia está investigando e vai punir exemplarmente os responsáveis. São Paulo tem trabalhado com afinco e segurança é uma guerra que você tem de vencer batalhas todo dia", disse.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o tucano afirmou que os índices de criminalidade em São Paulo estão em baixa e que os números brasileiros estão em crescimento nessa área. "Em junho, ficamos abaixo de 10 mortes por 100 mil habitantes; no Brasil, essa média é de 24. A cidade de São Paulo era a quinta capital em número de homicídios; hoje é a 26ª, atrás apenas de Palmas (TO)", afirmou.

Em 2006, o PCC promoveu uma série de ataques a alvos policiais no Estado de São Paulo, causando a morte de 493 pessoas. À época adversário eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscava a reeleição, Alckmin chegou a insinuar que o grupo criminoso era ligado ao PT.

"O PCC não é ligado ao meu partido, não", disse o ex-governador na ocasião, quando atribuiu os ataques à eficiência de sua política de segurança pública, conduzida pelo secretário Saulo de Castro Abreu Filho.

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