28/07/2010 - 11h51

Se eleito, Mercadante quer fim da "aprovação automática", mas evitando repetência

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, afirmou durante sabatina do portal UOL e do jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (28) que acabará com a “aprovação automática” nas escolas paulistas se for eleito, mas não promoverá uma política de repetência dos estudantes da rede pública.

 

“Vamos acabar com a aprovação automática imediatamente. Se o aluno está indo mal, vai ter que ter uma política de reforço. Mas escola que não avalia não ensina”, disse o petista. “[Esse sistema] não é para reprovar. É para dizer que não está satisfatório e tem que haver uma política de recuperação desse aluno. Na aprovação automática você finge que aprovou, mas a vida reprova.”

O candidato afirmou que quer ser eleito para quatro anos depois receber sua avaliação no mesmo nível em que vierem as notas dos alunos das escolas públicas. Ele acusou a gestão tucana do Palácio dos Bandeirantes, até poucos meses atrás ocupada pelo presidenciável José Serra, de promover uma política discriminatória ao pagar bônus aos professores da rede estadual, mas não viabilizarem um plano de carreira.

“Não sou contra bônus por desempenho, mas não adianta se não tiver carreira”, disse. “Os professores de São Paulo estão cinco anos sem receber reajuste. Aí tem um bônus que só 20% da categoria pode ganhar. Quem ganha, só pode ganhar de novo dali quatro anos. É um pau de sebo, não chega nunca”, disse.

Mercadante disse que seu rival, ex-governador e líder nas pesquisas para as eleições de outubro, Geraldo Alckmin (PSDB), faz raras aparições em público durante a campanha porque os funcionários públicos não gostam de suas políticas. Depois vocês não sabem porque o candidato não sai na rua. É insatisfação de policial, de professor”, disse.

O petista disse ainda que quer a abertura da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo, de preferência no estádio do Morumbi, já descartado pela Fifa por insuficiência nas garantias financeiras para as reformas. “Hoje definiria o mais razoável, que é o Morumbi. O São Paulo é o time que tem as melhores condições”, afirmou. “O estádio pode ser reformado. Tóquio ficou fora da Copa. Eu quero a abertura em São Paulo.”

Mercadante foi sabatinado pelos jornalistas Irineu Machado, editor-executivo do UOL Notícias, Fernando Canzian, repórter especial da Folha, Mônica Bergamo, colunista da Folha e Denise Chiarato, editora de Cotidiano do jornal.

 

Confira a íntegra da sabatina com Aloizio Mercadante

 

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