03/10/2010 - 23h10

Polarizada, disputa por governo de Roraima terá segundo turno

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A disputa pelo governo de Roraima terminou praticamente empatada e será decidida apenas no dia 31 de outubro, no segundo turno. Com 99% das urnas do Estado apuradas, o candidato Neudo Campos (PP) conseguiu 47,6% dos votos e terminou a corrida eleitoral em primeiro lugar. O tucano Anchieta, por sua vez, que em algumas pesquisas Ibope esteve na liderança das intenções de voto, ficou em segundo, com 45%.

Adversários

Candidato da coligação “União por Roraima” (PMDB / PTN / PR / PPS / DEM / PSDB) e pregando a continuidade da gestão Ottomar Pinto, fundador do Estado de Roraima e morto em 2007, Anchieta foi muitas vezes apontado – pelas pesquisas e pela imprensa – como o favorito para se reeleger nestas eleições.

Nos últimos anos, a principal polêmica na qual se envolveu diz respeito à reserva indígena Raposa Serra do Sol. Como governador apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar a demarcação contínua da área para os indígenas – o que deu a ele inimigos entre ambientalistas e aliados dos índios.

Também foi criticado por processar um jornalista que o acusava de atos de corrupção no Estado. À Justiça Eleitoral, ele declarou posse de oito bens, que somam R$ 564 mil.

Durante a campanha, Anchieta exonerou o secretário da Agricultura depois que a Polícia Rodoviária Federal apreendeu um veículo da pasta com material de campanha do governador.

Neudo Campos, por sua vez, governou Roraima entre 1995 e 2002 e, nestas eleições, foi candidato da coligação “Para Roraima Voltar a Ser Feliz” (PP / PT / PTB / PSC / PHS / PTC / PSB). Na Justiça, responde a mais de 30 inquéritos e ações penais, e já foi apontado pela Polícia Federal como responsável por um esquema de folhas de pagamento com funcionários fantasmas quando governou o Estado.

Nas eleições deste ano, a Polícia Federal recebeu mais de 100 denúncias de compras de voto em Roraima e duas pessoas foram detidas portando em envelopes a quantia de R$ 4.000 em dinheiro vivo e santinhos de candidatos locais.

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