Um militante da cidade de Tapes, na zona sul do Rio Grande do Sul, foi flagrado na manhã deste domingo ao entregar uma cola para a juíza eleitoral do município. Munido de santinhos com os números dos seus candidatos, o militante estava na porta de uma seção de votação, abordou a juíza Andreia Pinto Goedert, responsável pela 84ª Zona Eleitoral, e perguntou se a magistrada trazia uma cola para a votação.
“A senhora já tem a sua colinha?”, teria perguntado o infrator. A juíza Andreia, que estava no local justamente para fiscalizar o andamento da votação, respondeu que “não” e recebeu o panfleto, o que caracteriza crime eleitoral. A magistrada chamou os policiais que faziam ronda no local e decretou a prisão do militante.
No Rio Grande do Sul, a Brigada Militar já registrou cerca de 50 ocorrências de crime eleitoral, com mais de 120 pessoas envolvidas. Em Porto Alegre, foram 21 ocorrências, incluindo o incêndio do carro do presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sérgio Camps de Morais, secretário-geral do PPS no Estado. O carro de Morais estava nas imediações do comitê central da governadora Yeda Crusius, candidata à reeleição pelo PSDB.
O PPS ocupa a cadeira de vice na chapa de Yeda, com Berfran Rosado. A polícia, que investiga a hipótese de crime eleitoral, encontrou uma garrafa de refrigerante contendo combustível abaixo do veículo, que ficou parcialmente destruído. A governadora vê indícios de atentado político no episódio.