03/10/2010 - 15h04

Antes do voto, Fogaça critica ausência de candidato próprio do PMDB para presidente

Alexandre de Santi
Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre

Candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PMDB, o ex-prefeito José Fogaça criticou a estratégia do próprio partido de se coligar ao PT na eleição presidencial. Instantes antes de votar no início da tarde deste domingo (3), na Escola Estadual Uruguai, em Porto Alegre, o peemedebista disse que a presença de um candidato próprio na eleição para a Presidência poderia dar mais “alavancagem” a sua chapa.

Fogaça, no entanto, evitou culpar a decisão de indicar Michel Temer para a cadeira de vice ao lado de Dilma Rousseff (PT) pelo resultado nas pesquisas até o dia da eleição. O candidato ocupa a segunda colocação e corre o risco de não ir para o segundo turno caso Tarso Genro (PT) seja eleito no primeiro turno.

Perguntado se a ausência de um nome para a Presidência havia prejudicado a sua candidatura, o ex-prefeito de Porto Alegre respondeu: “Prejudica o Brasil. O PMDB não pôde expor o seu programa. É extraordinário o que foi escrito por nossos intelectuais e por nossos militantes. Este trabalho está sumido”. Mas o candidato admitiu que a decisão trouxe prejuízos para a própria candidatura. “É claro que, sempre que o partido tem candidatura própria, isso dá mais alavancagem”, disse.

Ao longo da campanha, Fogaça adoto a postura da “imparcialidade ativa”. Ou seja, não declarou se apoiava Dilma, José Serra (PSDB) ou Marina Silva (PV), uma vez que deputados do partido no Estado têm mais afinidade com o tucano do que com a petista.

O presidente estadual do partido, senador Pedro Simon, declarou voto à Marina. Depois do confirmar sua opção na urna eletrônica, Fogaça não quis relevar em quem votou para presidente. “A neutralidade é a sério”, disse. Sobre o resultado, o candidato do PMDB disse estar muito confiante quanto à realização de segundo turno no Rio Grande do Sul e no Brasil.
 

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