Candidatos ao governo gaúcho evitam provocações em debate

Sete dos nove candidatos ao governo do Rio Grande do Sul se encontraram na noite desta segunda-feira (20), nos estúdios da TV Record para um debate morno, no qual Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) evitaram temas espinhosos, também por conta do formato da discussão.

Participaram, além dos três favoritos, Aroldo Medina (PRP), Montserrat Martins (PV), Carlos Schneider (PMN) e Pedro Ruas (Psol). Em uma das respostas nas quais evitou criticar a gestão atual, Fogaça, segundo colocado nas pesquisas, defendeu o “binômio diálogo e parceria” -no momento em que o sindicatos dos professores estaduais, o Cpers, vive em guerra com Yeda.

“Vamos sentar para conversar com o Cpers”, disse o candidato do PMDB, segundo colocado nas pesquisas.

Líder nas pesquisas, com chance de vencer no primeiro turno, Tarso também foi modesto ao criticar o Palácio do Piratini. Em uma pergunta sobre incentivos fiscais, ele respondeu: “O Rio Grande não tem favorecido empresas originais daqui”.

No terceiro bloco os candidatos puderam fazer perguntas entre si. Mas, por conta da dificuldade de embate direto entre os favoritos, discussões pitorescas apareceram. Carlos Schneider, do PMN, perguntou a Yeda sobre meios para acabar com o contrabando de vinhos. Foi uma das oportunidades que ela teve para destacar ações do próprio governo.

Haroldo Medina, do PRP, perguntou a Fogaça sobre a importância das pesquisas. Os dois candidatos concordaram que nem sempre os levantamentos refletem a realidade. Desde o início da campanha, Medina vem questionando os números, os quais considera “manipulados”.

Fogaça foi na mesma direção: “Há uma contradição enorme que confunde o eleitorado. Mas eu tenho dito aos meus colaboradores: mais importante que qualquer pesquisa é a mobilização”.

Aproveitando uma pergunta de Tarso sobre a reativação do Simples gaúcho (o programa foi desativado), Montserrat Martins, do PV , brincou com o colega petista, afirmando que o ex-ministro nutre simpatia pela candidata do PV à Presidência, Marina Silva. Tarso não desmentiu: disse apenas que vai recuperar o programa de incentivo às micro e pequenas empresas.

Além do curto espaço para perguntas diretas entre os candidatos, o debate da Record foi marcado também pelo corte abrupto do áudio quando os candidatos ultrapassavam o tempo estipulado, com várias questões sendo cortadas pela metade.

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