16/09/2010 - 20h21

Coligação de Yeda pede que polícia e MPE investiguem cartazes apócrifos no RS

Alexandre De Santi
Do UOL Eleições
Em Porto Alegre

A coligação Confirma Rio Grande (PSDB-PPS-PP-PRB-PSC- PTdoB-PHS-PSL) encaminhou nesta quinta-feira (16) pedido de investigação ao Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Sul para averiguação da autoria de cartazes que atacam a governadora Yeda Crusius, candidata à reeleição.

Os cartazes aprócrifos - proibidos pela lei eleitoral - surgiram em alguns pontos de Porto Alegre na manhã de quarta-feira (15). São duas peças. Em uma, a governadora aparece em clima sombrio atrás de grades, sob a pergunta: “Você sabe onde Yeda e seus cumplices deveriam estar?”.

O outro cartaz tem a mesma imagem e as frases “Estes são os cúmplices de Yeda. Não vote neles”, localizadas acima da foto de 30 políticos gaúchos que apoiam a governadora.

Na quarta-feira, a coligação fez um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Porto Alegre e comunicou a 159ª Zona Eleitoral pedindo a retirada do material das ruas. Até o início da tarde desta quinta, os cartazes seguiam expostos na avenida Independência.

De acordo com o advogado da coligação, Júlio César Link, o material se assemelha a cartazes do sindicato estadual dos professores, o Cpers, distribuído há alguns meses. “Não sei quem fez, mas a mesma foto destes cartazes foi utilizada pelo Cpers no passado”, comentou.

O sindicato e a governadora vivem em clima de guerra desde que Yeda levou à Assembleia Legislativa um projeto de lei alterando o plano de carreira da categoria, na tentativa de criar um sistema de meritocracia para servir de critério para aumentos de professores.

Durante a campanha, o Cpers não convidou a governadora para um debate entre todos os candidatos ao governo gaúcho. O sindicato negou que teria mandado fazer os cartazes.

De acordo com o chefe do setor de investigação da 5ª DP, José Vieira, o caso deve ser encaminhado para a Polícia Federal, que tem a competência de apurar crimes eleitorais. Em nota oficial, a coligação de Yeda disse que o ataque, "violento e traiçoeiro", “apela para a covardia”.

"A forma da agressão é a mesma empregada nos últimos três anos e meio, caracterizando a velha forma de fazer política da qual se beneficiam a oposição e candidaturas oportunistas que não tendo nada a mostrar e a dizer, apelam para a covardia e, lamentavelmente, baixam o nível de uma disputa que deveria ser propositiva em favor dos gaúchos", afirma o documento.


 

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