26/08/2010 - 19h13

Yeda é barrada em debate promovido por sindicato de professores

Alexandre de Santi
Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre

A governadora do Rio Grande do Sul e candidata à reeleição, Yeda Crusius (PSDB), foi excluída do debate promovido pelo sindicato dos professores da rede pública estadual, que será realizado nesta sexta-feira (27), às 9h30. O Cpers/Sindicato anunciou nesta quinta-feira (26) que não convidou a governadora por considerá-la “inimiga da educação pública, dos educadores e dos movimentos sociais”. Yeda divulgou nota oficial classificando de “intransigente e preconceituosa” a decisão dos professores.

“Durante quase quatro anos de governo, Yeda nunca quis sentar e discutir a educação pública com o Cpers. Portanto, não será agora, a convite do sindicato, que ocuparemos uma mesma mesa”, disse a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira. Seis candidatos confirmaram presença no evento: Pedro Ruas (PSol), Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB), Júlio Flores (PSTU), Aroldo Medina (PRP) e Montserrat Martins (PV). Cerca de mil educadores devem participar do evento, que será realizado no hotel Plaza São Rafael, no centro da capital gaúcha.

O Cpers justificou a decisão dizendo que Yeda passou a sua gestão “atacando a organização dos trabalhadores e os direitos conquistados pela categoria”. Além disso, segundo afirma o sindicato por meio de nota, a governadora “tem reafirmado que, em caso de reeleição, manterá entre suas propostas a implementação da meritocracia e a realização de mudanças nas carreiras dos educadores”, propostas encaminhada pela governadora à Assembleia gaúcha, mas que não foram votadas por pressão dos professores.

Na nota de resposta ao Cpers, a Coligação Confirma Rio Grande (PSDB - PPS - PP - PRB - PSC - PTdoB - PHS - PSL), que sustenta a candidatura de Yeda, afirmou que “vê ameaçados os rumos da Educação no Estado e lamenta a atitude intransigente e preconceituosa manifestada pelo Cpers/Sindicato”. O texto ainda afirma que a decisão foi “anti-democrática e partidarizada” e tenta “desestabilizar o processo eleitoral em curso e afronta a tradição de alto nível dos educadores gaúchos”.

A coligação lembrou ainda que Yeda “respeita e valoriza a sua classe”, um vez que a governadora é professora e ocupou o cargo de diretora da Faculdade de Economia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). "O veto à participação de Yeda Crusius no debate foi definido por menos de 1% dos 80 mil professores ativos e inativos do Estado, o que denuncia o caráter autoritário na falta de representatividade da decisão. Submisso, mais uma vez, ao viés político-partidário, o CPERS/Sindicato apresenta incapacidade para o diálogo essencial para a construção de soluções em favor dos professores e da Educação que os jovens gaúchos merecem receber do Estado”, afirma a coligação.

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