18/08/2010 - 17h09

No RS, candidatos a governador estreiam na TV com realizações e biografias

Alexandre de Santi
Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre

O programa eleitoral gratuito para candidatos ao governo do Rio Grande do Sul começou com um toque de nostalgia. Nesta quarta-feira, no segundo dia de propaganda eleitoral, o primeiro com os candidatos à eleição majoritária, os três líderes das pesquisas optaram por apresentar suas biografias e realizações, deixando as propostas para os próximos episódios.

O primeiro a entrar no ar foi Tarso Genro, da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande (PT - PSB - PCdoB - PR), que utilizou todo o seu tempo, 4min50s, o maior entre os candidatos ao Palácio Piratini, para reforçar suas passagens pelos ministérios da Educação e Justiça e sua ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a candidata Dilma Rousseff. Dilma e Lula apareceram antes de Tarso, em imagens de comícios, e pediram votos para o petista.

No vídeo, Lula chama o candidato de “companheiro Tarso” e diz: “Quero dizer em alto e bom som que eu tenho o Tarso para ser governador do Rio Grande”. A campanha petista preferiu a edição de um longo jingle intercalado com as intervenções de Lula e Dilma em vez de discursos para as câmeras. Tarso pouco falou no programa.

José Fogaça, da coligação Juntos Pelo Rio Grande (PMDB - PDT - PTN - PSDC), teve sua história apresentada por um narrador, que ligou Fogaça ao passado de músico e à campanha pelas Diretas Já. O passado como deputado, senador e prefeito também foi ressaltado nos 3min51s do candidato. Diferentemente de Tarso, Fogaça discursou para as câmeras e disse que queria ser governador para implantar duas mudanças:
recuperar a qualidade do serviço público gaúcho e recuperar o rumo do desenvolvimento no Estado.

A governadora Yeda Crusius preferiu o discurso direto com o eleitor, olhando para a câmera. Disse que busca a reeleição “com imenso orgulho de mostrar para vocês o nosso governo” e acrescentou referências ao Déficit Zero (equilíbrio das finanças públicas que se tornou a principal bandeira de Yeda durante o governo). “Eu, que prometi um Rio Grande novo, estou de volta para mostrar que sou uma mulher de palavra”, completou a goverandora. A coordenação da campanha de Yeda aproveitou os 4min40s para intercalar o discurso de Yeda com depoimentos de eleitores nas ruas.

Também foi a estreia dos candidatos ao Senado. No Estado, a disputa é acirracada, com três candidatos praticamente empatados na disputa pelas três vagas. O PT destinou um espaço generoso para Paulo Paim, que também teve depoimentos de Dilma ao seu favor. Germano Rigotto
(PMDB) conversou com o eleitor relembrando sua atuação como deputado e governador. A novata do trio, Ana Amélia Lemos (PP), leu um longo discurso onde destacou as dificuldades e o risco de trocar uma carreira estável e bem sucedida no jornalismo pela política, tentando convencer o eleitorado que o sacrifício está sendo realizado para retribuir o carinho do público e para buscar soluções para o Estado.

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