A impugnação da candidatura de José Almiro Barbosa Guterres, o Professor Guterres (PRTB), ao governo do Rio Grande do Sul gerou um efeito colateral bem-vindo para todos os postulantes ao cargo: um acréscimo de quatro segundos aos programas eleitorais de rádio e televisão.
Gueterres e sua vice, Sueli Tormes Domingues, perderam o prazo para entrar com recursos e apresentar os documentos que faltavam no registro da candidatura. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), o PRTB não entregou as certidões negativas de primeira e segunda instância da Justiça Federal, exigências legais para o registro de candidaturas.
O julgamento ocorreu no dia 4 de agosto e o partido tinha três dias úteis para apresentar recurso. Não há mais direito de recurso na Justiça Eleitoral gaúcha, somente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Só o tempo para governador, em rede e mediante inserções, foi atingido pela redistribuição do tempo de Gueterres. Para algumas coligações, os quatros segundos são praticamente irrelevantes. O tempo da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande (PT - PSB - PCdoB - PR), do ex-ministro Tarso Genro, que tem a maior fatia do horário eleitoral, passará de 4min50s para 4min54s, um acréscimo de apenas 1,38%.
Para outros partidos, entretanto, a impugnação de Guterres veio em boa hora. O PCB, do candidato Humberto Carvalho, e o PSTU, de Julio Flores, vão aumentar em 10% a exposição no rádio e na televisão, passando de 40s para 44s. São os partidos com menor tempo no horário eleitoral gratuito na disputa pelo Palácio Piratini.