12/07/2010 - 16h58

Para Fogaça, falta de candidato à Presidência o prejudica no RS

Clarissa Barreto
Especial para UOL Eleições
Em Porto Alegre

O candidato ao governo do Rio Grande do Sul José Fogaça (coligação PMDB-PDT) disse nesta segunda-feira (12) que a falta de um candidato próprio à Presidência prejudica a sua chapa no Estados. O PMDB gaúcho optou pela neutralidade na eleição presidencial, mas na prática vive uma divisão entre os que apoiam Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

"Isso (não ter candidatura própria) está prejudicando evidentemente. Sempre quis que o PMDB tivesse um candidato próprio, é o óbvio ululante", disse Fogaça, em um evento para empresários, realizado em Porto Alegre. Questionado sobre se o partido poderia rever a neutralidade, Fogaça disse que a decisão será de “foro íntimo” de cada filiado.

Pesquisa Ibope divulgada no último sábado coloca Fogaça em segundo lugar, com 29%, dez pontos percentuais atrás de Tarso Genro (PT). A pesquisa indicou estagnação do candidato do PMDB e crescimento da governadora Yeda Crusius (PSDB), que busca a reeleição. O desempenho na pesquisa, segundo Fogaça, pode ser explicado pelo "fato de sermos uma candidatura que não pode contar com um governo federal de um lado e com um governo estadual do outro, de não estarmos em uma posição tão privilegiada, tão favorável".

Mesmo assim, o candidato disse que o resultado já era o esperado. "A diferença é a posição da governadora, e eu sempre disse que ela poderia e deveria crescer dentro do processo da eleição", afirmou. Para ganhar mais espaço entre os eleitores, Fogaça admite que o partido estuda novas estratégias, mas não quis comentar quais. "É uma estratégia que estamos desenvolvendo internamente no partido, me desculpem não revelar". A pesquisa foi realizada entre 6 e 8 de julho, entrevistou 812 pessoas e sua margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Ela foi registrada no TRE sob o número 28394/2010 e no TSE sob protocolo 18297/2010.

Fogaça foi questionado sobre suas manifestações a favor do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que geraram especulações até de Tarso Genro, que que se disse “feliz com o apoio” do peemedebista, na ocasião do primeiro debate entre os candidatos, no último dia 6. “De cada dez vezes que ele (Tarso) menciona o Lula, eu mencionei uma, para dizer que trabalhei bem com Lula. Que eu sei trabalhar bem com qualquer presidente da república, independentemente de seu partido”, afirmou Fogaça.

“Quem não sabe fazer, não sabe governar. Quando assumi a prefeitura de Porto Alegre (após o governo do PT), o Bolsa Escola, cujo nome foi trocado para Bolsa Família, não existia, porque era um programa do governo federal, do Fernando Henrique Cardoso”, disse.

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