26/08/2010 - 13h07

Cabral diz que "amigo" Serra deveria ter tentado reeleição em SP

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Aliado do presidenciável José Serra na disputa pelo Palácio do Planalto em 2002, o candidato do PMDB à reeleição para o governo do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou nesta quinta-feira (26) durante sabatina Folha/UOL que seu “amigo pessoal” e ex-governador de São Paulo deveria ter tentado um novo mandato no Estado, e não concorrer pela Presidência contra sua aliada, a petista Dilma Rousseff.

“O Serra é qualificado, não vou esconder isso. É meu amigo pessoal. É uma pena, ele devia ter continuado governador de São Paulo, porque eu gosto dele”, disse Cabral. “No conjunto que está se apresentando aqui, a Dilma é a melhor opção. Eu não o desqualifico em nada. Mas ela é qualificada também.” Na mais recente pesquisa do instituto Datafolha, a petista tem 49%, contra 29% do tucano.

“A Dilma conquistou essa candidatura. Pela sua história e por seu desempenho. O Lula é pragmático, gosta de eficiência. Ele acredita, na minha linha, no que pode dar certo. Ele quer ver as coisas acontecendo”, afirmou. “Ela é fazedora, é séria, honesta, competente. Não vai ficar escrava de partidos. É uma executiva e uma democrata, sabe ouvir.”

O candidato do PMDB atacou um de seus maiores adversários, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), membro de um partido que faz parte do apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidatura de Dilma. Em 2002, Cabral foi eleito senador na chapa de Garotinho, que, na época, indicou sua mulher, Rosinha, para sucedê-lo no Palácio das Laranjeiras. Hoje, o ex-governador apóia Fernando Peregrino, que tem 1% nas pesquisas de intenção de voto, para a eleição estadual.

“Em 2004, ele sai do PSB e vem para o meu partido, pelo qual eu tinha sido eleito senador. Eu não me tornei aliado dele, ele que veio para o meu partido”, desconversou Cabral. “Ele jamais apareceu no meu programa de televisão. E a governadora apareceu apenas no primeiro programa, dizendo o que eu tinha sido como senador. Foi muito correta no seu depoimento. Eu não fui atrás dele.”

 

Veja íntegra da sabatina Folha/UOL com Sérgio Cabral

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