01/09/2010 - 11h42

Osmar nega constrangimento por aliança com ex-rival Requião e critica Beto

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, disse nesta quarta-feira (1) durante sabatina Folha/UOL que reconhece avanços na gestão de seu ex-rival Roberto Requião (PMDB) e não tem constrangimento de ter se aliado a ele para as eleições de outubro. O pedetista afirmou que “divergências há até dentro da família”, lembrando o irmão Alvaro Dias (PSDB).

Para justificar a aliança com Requião, com quem travou a disputa de segundo turno mais acirrada de 2006 em todo o Brasil, Osmar reconheceu avanços, como na área da educação, e manteve críticas. Questionado sobre se isso criava constrangimentos em sua aliança, o candidato rejeitou a ideia e citou seu irmão como referência sobre convivência pacífica apesar de pontos de vista discordantes no mesmo grupo.

“Se eu tenho o direito de divergir dentro da minha casa, eu tenho o direito de divergir do Requião. Mas tenho de reconhecer avanços. Essa diversidade também houve no governo Lula. O que a gente não pode é perder a convicção”, disse o pedetista. Ele atribuiu ao partido do ex-governador o atraso no anúncio de sua candidatura. “O que houve foi uma demora para o PMDB decidir não ter candidato. A demora não foi minha, foi de os partidos aceitarem a aliança, como queria o presidente Lula.”

O senador, que integra em Brasília a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusou seu principal adversário, o tucano Beto Richa, de descumprir o compromisso firmado com ele de ficar na prefeitura de Curitiba até 2012. Antes da campanha, Osmar negociou com o PSDB para integrar a chapa do prefeito como candidato à reeleição para o Senado.

“Tivemos uma aliança aqui em 2008, apoiamos o ex-prefeito, com o compromisso de que ele ficaria. Quando ele renunciou, com ano e três meses, tendo registrado todas as propostas que deveria cumprir até 2012, ou o prefeito cumpriu tudo ou não cumpriu o compromisso com a sociedade curitibana. Para mim é a segunda”, disse Osmar.

Questionado sobre o apoio ao então presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições de 2006, Osmar disse que o movimento aconteceu porque o PT apoiou Requião e o deixou sem alternativa.

“Estou na base do governo Lula desde 2006. Não tem nenhum voto meu contra as políticas sociais do governo Lula.”, afirmou. “O meu partido teve um candidato à Presidência no primeiro turno em 2006, que foi o Cristovam Buarque. No segundo turno no Paraná, o PSDB apoiou minha campanha e o PT apoiou meu adversário. Foi natural.”

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