03/08/2010 - 18h14

Richa defende obras à frente da prefeitura; Dias critica candidatura do rival

Fernando de Jesus e Murilo Basso
Especial para o UOL Eleições
Em Curitiba

Dois principais candidatos ao governo do Paraná, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), participaram na manhã desta terça-feira (3) de um encontro promovido pela Universidade Positivo, em Curitiba. No evento, Richa defendeu as obras realizadas durante a sua gestão como prefeito da capital, enquanto Dias criticou seu adversário por ter deixado a prefeitura, mesmo depois de ter negado que fosse fazê-lo.

Richa: "segurança caótica"

Primeiro a falar, Richa disse estar disposto a fazer pelo Estado o que fez em sua gestão como prefeito de Curitiba. Ele afirmou que suas principais propostas para o governo serão direcionadas às áreas de saúde e segurança pública. "Nas regiões onde há hospitais, não há médicos", disse.

Segundo ele, a segurança pública do Estado é caótica, e a solução seria um aumento do efetivo policial. Questionado sobre a relação entre seu governo com o de Roberto Requião, disse que foi perseguido por não ter apoiado o ex-governador na última eleição estadual, e que Curitiba acabou prejudicada. “Tivemos repasses do Estado para área de saúde. Mas, depois de 2006, eles azedaram e muitas obras importantes, como a construção do hospital do idoso, ficaram sem recursos", disse.

Richa defendeu o cumprimento da lei que prevê a realização de concurso público para a ocupação dos cartórios e disse que a administração dos tabelionatos poderia ficar com o Estado. "Poderia ficar sob nossa responsabilidade. É muito rentável e poderíamos apresentar tarifas mais baixas", afirmou.

O candidato foi incisivo ao responder sobre a Linha Verde, chamada de "via lenta" pelo autor da pergunta. “Quando assumimos a obra, estava tudo abandonado. Os congestionamentos eram gigantes, e quem disse isso ou não passou por lá agora, ou não sabia como era", disse.

Dias: crítica ao rival

Osmar Dias disse que seu principal adversário descumpriu a promessa de não deixar a prefeitura de Curitiba para concorrer ao governo. "Ele descumpriu uma promessa de campanha. Por isso não deveria ser candidato e eu também não poderia compor uma chapa dessa forma", afirmou.

Questionado sobre a situação dos pedágios, Dias disse que o governo Lula encontrou um modelo viável para a concessão de rodovias. “Para ir para São Paulo, paga-se metade do valor do pedágio que pagamos no trecho entre Curitiba e Paranaguá, sendo que a distância é muito maior”, disse. O senador afirmou que pretende realizar uma auditoria nos contratos de concessão. “Faremos com que as concessionárias divulguem periodicamente os balancetes, com a receita e o cronograma de obras”, afirmou.

Assim como Richa, Dias disse ser contra as invasões organizadas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). “Se eles quiserem conversar com meu governo, vamos conversar, mas dentro do que manda a lei. Não aprovo a politização do movimento”.

Dias deixou claro que não teve participação na escolha do vice do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Antes da escolha de Índio da Costa para compor a chapa do tucano, o mais cotado era o senador tucano Álvaro Dias, irmão do candidato. “Não tive nada a ver com a escolha do vice de Serra. Não participei nem da escolha do vice de Dilma”, disse.

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