28/09/2010 - 14h34

PF vai monitorar eleição em municípios de MG com histórico de crimes eleitorais

Rayder Bragon
Especial para o UOL Eleições
Em Belo Horizonte

Agentes da Polícia Federal passam a fiscalizar a partir desta terça-feira (28) localidades do Estado de Minas Gerais com histórico de crimes eleitorais. Ao todo, serão 450 agentes, distribuídos em 45 municípios, incluindo Belo Horizonte, e a incumbência do grupo será a de coibir crimes como compra de votos, abuso de poder econômico e político, propaganda ilegal e a prática de boca de urna, se verificada no dia da votação. Segundo o juiz José do Carmo Veiga de Oliveira, diretor-executivo da Escola Judiciária Eleitoral do TRE de Minas Gerais, a operação casada da PF com o órgão vai ter apoio das polícias civil e militar do Estado e do Ministério Público Eleitoral.

De acordo com Oliveira, além da fiscalização no dia da votação, a operação pode desdobrar-se em eventuais punições a eleitos, mesmo após o fim do pleito e a consequente diplomação do candidato. “A cada eleição nós identificamos algum tipo de prática que requer a intervenção da polícia. Então, nós estamos agindo preventivamente neste ano. Para se ter uma ideia do trabalho realizado, após a eleição de 2008, somente no 1º ano de mandato (2009), foram cassados 20 prefeitos e os respectivos vices e realizadas novas eleições”, disse ele.

A iniciativa, ainda segundo o magistrado, começou de forma integrada, com a montagem de um gabinete institucional, nas eleições municipais de 2008. “Montamos esse grupo de trabalho, com representantes de todos os órgãos envolvidos nas eleições, e (em razão) de todos os tipos de problemas detectados em qualquer ponto do Estado, nós atendemos a todos e informamos a ação necessária para as providencias cabíveis. Neste ano, nós reeditamos esse grupo de trabalho”, explicou o juiz.

De acordo com ele, a operação, no dia do 1º turno de votação (3 de outubro) será das 7h da manhã até a conclusão da apuração dos votos. “Os contatos (entre as equipes de campo e os coordenadores do grupo) serão feitos por telefone, e-mail, enfim, o meio mais rápido de comunicação que o local dispuser”, declarou o juiz.
 

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