17/09/2010 - 00h30

Em debate, Hélio Costa rebate acusação de campanha supostamente financiada por propina

Rayder Bragon
Especial para o UOL Eleições
Em Belo Horizonte

O candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa, defendeu-se nesta quinta-feira (16) da acusação de que sua campanha eleitoral seria supostamente financiada por dinheiro de propina cobrada de empresário que pleiteava empréstimo no BNDES. A acusação fora feita por Rubnei Quícoli ao jornal O Globo, que afirmou também que seria destinatária de parte do dinheiro a campanha da petista Dilma Rousseff. Costa afirmou que esse tipo de denúncia sempre aparece às vésperas de eleições.

O candidato foi questionado em bloco destinado a perguntas de jornalistas durante debate com candidatos ao governo de Minas Gerais realizado na TV Bandeirantes e que teve a participação de Antonio Anastasia (PSDB), Luiz Carlos Ferreira (PSOL) e José Fernando (PV). O candidato do PT do B, Edilson Nascimento, mandou fax, lido pelo mediador do debate, no qual justifica a ausência por “problema de saúde”.
Hélio Costa afirmou que o caso tem de ser investigado “pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e o Judiciário”, mas pediu “respeito”.

“Eu tenho certeza que isso é a campanha difamatória contra nossa candidata (Dilma Rousseff), que está em 1º lugar disparado nas pesquisas, e evidentemente essa guerra suja começa agora tentando prejudicar a eleição da 1ª mulher presidente do Brasil. E certamente a mim também”, disse Costa. Segundo ele, pelo fato do Estado de MG ser considerado a “jóia da coroa”, as acusações recaem sobre ele como forma de minar a sua candidatura.

“Todo o mundo sabe que eles não podem perder a eleição de jeito nenhum. Vão fazer tudo que puderem para impedir a eleição da (ex-) ministra Dilma Rousseff, que está garantida no 1º turno, e vão tentar impedir, de todas as formas, a nossa eleição”, afirmou o peemedebista.
Em seguida, o ex-ministro das Comunicações do governo Lula desqualificou o empresário que fez as acusações.

“O cidadão que faz a denuncia esteve preso dez meses por faltou informar que o cidadão esteve preso por dez meses por receptação de cargas e por manipulação de dinheiro falso. Esse é que se sente no direito, de a 20 dias da eleição, fazer acusação contra a (ex-) ministra”, enfatizou Costa. Mais cedo, em nota, ele afirmou que vai processar o empresário.

Troca de acusações

Durante o debate, Hélio Costa e Antonio Anastasia foram os que mais trocaram acusações. O peemedebista questionou o tucano por querer colocar “Dilma e Lula contra Minas Gerais”. Segundo Costa, a participação dos dois na campanha de Costa foi classificada pela campanha tucana como ingerência de uma “turma de fora”.

Em outro momento, o ex-ministro atribuiu à falta de empenho do Executivo a ausência de mudanças na Lei Kandir, que determinas os royalties do minério de ferro.

“Em Minas nada se fez para mudar a lei Kandir, nos últimos 8 anos. Para mudar lei, precisa-se da força do governador para pressionar a bancada de deputados para mudarem a lei. Mas não ficamos com nada, a não ser os buracos e as águas poluídas”, disse Costa, que ainda reclamou de taxas consideradas ”altas” por ele e cobradas nas contas de água e luz no Estado.

O peemedebista ainda acusou o DEM e o PSDB de barrar a cobrança da CPMF e tirar R$ 40 bi, por ano, do governo Lula. Em resposta, Anastasia retrucou acusando o PT e o PMDB de inércia no Senado em não aprovar reforma tributária que pudesse “diminuir as desigualdades sociais” no Estado.

Por fim, o tucano se postou contra a transposição do Rio São Francisco, enquanto Hélio Costa disse que deveria ser feita a revitalização do rio para, em seguida, ser realizada a transposição. Ele ainda acusou o governo tucano de abandonar regiões do Estado, para ouvir como resposta do tucano que era um “candidato que vai para a inverdade”.
 

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