11/08/2010 - 07h00

Por Lula, Hélio e Patrus tentam reduzir problemas de aliança mineira PMDB-PT

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Enviado a Belo Horizonte

O slogan é “Dois grandes homens, um só governo”. Mas para resolver os problemas da aliança entre PMDB e PT em Minas Gerais, nem o candidato ao governo Hélio Costa nem seu vice, Patrus Ananias, ditaram o roteiro nesta semana. Esse papel coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que marcou presença na noite de terça-feira (10) em um comício na capital mineira, realizado a pedido do peemedebista.

Nos últimos dias, membros dos dois partidos afirmaram que o comício realizado no centro de Belo Horizonte seria uma das raras aparições de Lula na capital mineira ao lado de sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, e dos indicados para concorrer ao governo estadual. Petistas evitaram fazer campanha por Hélio devido à pressão do presidente para que Patrus e o ex-prefeito Fernando Pimentel desistissem de disputar.

A engenharia política para atenuar a crise mineira foi alçar Patrus a vice na chapa de Hélio, mas, da mesma maneira, persistiu o desinteresse de petistas, que passaram a defender nos bastidores a campanha por Dilma e pelo governador Antonio Anastasia (PSDB), que herdou o cargo de Aécio Neves. O comício em Belo Horizonte com a presença de Lula serviu para atenuar o voto “Dilmasia” – já adotado por prefeitos.

Depois de um discurso no qual Patrus falou quase exclusivamente de Dilma, Hélio, líder nas pesquisas de intenção de voto, deu sinal a cerca de 10 mil pessoas que estavam acompanhando o comício no centro de Belo Horizonte. “Nós não temos candidatos a governador e a vice. Nós somos dois no governo”, disse o peemedebista, que depois apelou a Lula para atrair a militância.

“Aprendemos com o senhor, inclusive a escolher nossos vices. Nossa chapa não é uma chapa que tem diferenças. É uma chapa que soma”, afirmou ele, ao lado de Patrus, ex-ministro do Desenvolvimento Social, pasta que abriga o Bolsa Família. “A escolha do Patrus é uma prova de que vamos fazer de Minas uma ponte para o social.”

Pimentel, que se tornou candidato ao Senado depois de ser um dos prejudicados pela decisão de Lula em privilegiar o PMDB em Minas, também foi modesto nos comentários sobre a eleição estadual. Preferiu centrar os comentários em Dilma, sua amiga desde a juventude durante os confrontos com o Regime Militar (1964-1985).

A recompensa dos peemedebistas veio no fim do discurso de Lula. “Podem ter certeza de que é com muito orgulho que vou para a televisão para pedir voto para o Hélio e para o Patrus”, disse. O horário eleitoral gratuito começa no dia 17.

 

 


 

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