29/09/2010 - 01h21

Perillo é alvo dos adversários em Goiás e reclama de "tabelinha"

Luiz Felipe Fernandes
Especial para o UOL Eleições
Em Goiânia

Como líder nas intenções de voto, Marconi Perillo (PSDB) foi o alvo dos demais candidatos ao governo de Goiás, no último debate antes das eleições, transmitido na noite desta terça-feira (28) pela TV Anhanguera (afiliada da Rede Globo). Irritado, o candidato tucano mencionou que havia “tabelinha” e “dobradinha” para atacá-lo.

Perillo usou o tema “dívida pública” para dizer que assumiu o governo goiano em 1999 com a maior dívida proporcional do Brasil. Seu antecessor era Maguito Vilela (PMDB), atual prefeito de Aparecida de Goiânia. “Eram necessários quatro anos de receita total do Estado para pagar a dívida externa”, disse.

Iris Rezende (PMDB) afirmou que, nas duas vezes em que esteve à frente do governo estadual (1983-1986 e 1991-1994), enfrentou atrasos no pagamento do funcionalismo. O candidato também afirmou que o atual governador Alcides Rodrigues (PP), que sucedeu Perillo em 2007, herdou “uma carcaça de governo”.

O senador voltou a ficar na mira dos adversários logo no início do segundo bloco. A candidata Marta Jane (PCB) perguntou qual a relação de Perillo com um jornal da capital que estaria sendo distribuído gratuitamente em várias cidades com o CNPJ da campanha do candidato.

O tucano limitou-se a dizer que se trata de uma “relação institucional”, e usou o restante do tempo da resposta para corrigir informações sobre a dívida pública, mencionada no bloco anterior.

Rezende aproveitou uma pergunta para o candidato Vanderlan Cardoso (PR), que é apoiado pelo atual governador, para provocar o líder das pesquisas em Goiás. Questionado sobre a situação financeira do Estado há quatro anos, Cardoso afirmou que havia um déficit de R$ 100 milhões que obrigou o governo a fazer antecipações de receitas.

Perillo voltou a se defender no quarto bloco, quando usou o tempo de réplica para dizer que a acusação sobre o déficit deixado pelo seu governo “não passou de uma grande farsa”. Em outra oportunidade, disse que condenava a hipocrisia e a demagogia na campanha eleitoral.

O candidato do PMDB voltou a confrontar indiretamente o adversário tucano ao falar sobre os benefícios fiscais que o senador teria concedido a frigoríficos. A Polícia Federal investiga o envolvimento de Perillo no recebimento de propina para facilitar a instalação de algumas empresas no Estado. O adversário não comentou o assunto.

Ditador e tirano
O ex-prefeito de Goiânia também não saiu ileso do debate. Coube a Fraga a tarefa de confrontá-lo, primeiro ao mencionar sua postura com o funcionalismo público, qualificada como sendo de “ditador” e “tirano”, e depois ao perguntar se na coligação de Rezende era critério estar envolvido em algum tipo de problema, numa referência à condenação do candidato por ato de improbidade administrativa.

“Minhas mãos não assinaram qualquer decreto exonerando funcionário, a não ser a bem do serviço público”, treplicou Rezende. Sobre a condenação judicial, o peemedebista alegou que a decisão “foi uma das atitudes mais infelizes do magistrado [que o condenou]”.

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