Agnelo Queiroz (PT) promete só ter pessoas "ficha-limpa" em seu governo

O próximo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), eleito com 66,1% , afirmou que o quadro de funcionários que montará para a próxima administração será formada apenas por pessoas com “ficha-limpa”. 

“Esse é um pré-requisito. [A Lei da Ficha Limpa] é uma conquista do povo brasileiro. Então, se é uma exigência para ser candidato, por que não para assumir cargo? Nossa coligação vai exigir quem é ‘ficha-limpa’”, disse em sua primeira entrevista coletiva após o anúncio da votação.

O petista anunciou que acredita que a transição de governo será “tranquila e produtiva”. Ele entrou em contato com o atual governador Rogério Rosso (PMDB) e anunciou que o coordenador da campanha dele, Raimundo Júnior, será o coordenador da equipe de transição. 

Questionado sobre a nomeação de secretarias e regiões administrativas, Queiroz não quis se antecipar. “Nós estávamos bastante focados na eleição. Muita gente pensava que era só porque não eu queria falar sobre o assunto, mas é a pura verdade. Não tínhamos ganhado a eleição. Se em vez  de fazer campanha, você discute governo, seria um tiro no pé”, declarou.

Sobre o compromisso de campanha de assumir por pelo menos três meses o cargo de secretário de Saúde, o governador eleito destacou que a promessa é mais do que um “gesto simbólico” e que terá técnicos que o auxiliarão a tentar resolver o problema de mais de “15 mil pessoas que esperam em uma fila" para ter uma cirurgia no DF.

Outra ação indicada como prioridade ao recém-eleito governador é a criação da secretaria da Transparência que terá um sistema de acompanhamento via internet de todos os atos do governo, a exemplo do modelo do portal da transparência do governo federal. 

Oposição

Ao ser indagado sobre a promessa da adversária Weslian Roriz (PSC) de fazer uma “oposição implacável”, Queiroz minimizou: “Acho saudável a oposição. É importante ter oposição, sempre alerta. Isso faz parte da democracia”. 

Agnelo Queiroz também terá muitos assuntos a tratar com as cidades do entorno de Brasília e com o Estado vizinho, Goiás, onde o adversário político Marconi Perillo (PSDB) venceu com 52,9% dos votos. 

Na impossibilidade de uma aliança, o petista aposta na “relação institucional”. “Não tenho dúvida nenhuma, o Brasil está muito maduro. Mesmo com as disputas, as instituições têm que funcionar e atender aos interesses do povo”, defendeu.

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