Justiça do DF anula registro da candidatura de Joaquim Roriz ao governo

Por quatro votos a favor e dois contra, o TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) decidiu, nesta quarta-feira (4) anular o registro da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal, com base na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegível o político que renunciar para escapar da cassação. Os advogados do político já anunciaram que vão recorrer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e estudam a possibilidade de também entrar com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão do TRE-DF se baseou na análise de três pedidos de impugnação, um do PSOL, um do MPE (Ministério Publico Eleitoral) e outro do candidato a deputado distrital pelo PV, Júlio Cárdia.

Todos usavam como base a Lei da Ficha Limpa, já que Roriz renunciou ao mandato no Senado, em 2007, para escapar de um processo de corrupção. O MPE apontou também uma pendência com a Justiça Eleitoral pelo não pagamento de uma multa por propaganda antecipada no valor de R$ 5 mil.

Votaram contra Roriz o relator do caso, juiz Luciano Vasconcellos, os desembargadores Hilon Queiroz e Mário Machado, e o juiz José Carlos Souza. Os votos a favor foram dos juizes Evandro Pertence e Raul Sabóia.

Roriz faz parte da chapa "Esperança Renovada", que reúne os partidos PSC, PRTB, PMN, PSTC, PT do B, PPS, além de PSDB e DEM. Ele foi governador do DF por quatro vezes e, hoje, completou 74 anos.

Na última semana, pesquisa Ibope mostrou Roriz liderando as intenções de voto para o governo do DF, com 39%, seguido de Agnelo Queiroz, do PT, com 27%.

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