04/10/2010 - 01h02

Eleição no Amapá vai ao segundo turno após prisão de candidatos

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A disputa pelo governo do Amapá chega ao segundo turno depois de uma tumultuada campanha, que incluiu a prisão de um dos candidatos, o atual governador, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP), detido em razão da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, no dia 10 de setembro. Lucas Barreto (PTB) e Camilo Capiberibe (PSB) disputam em 31 de outubro.

Outras 17 pesssoas foram presas, acusadas de participação em uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos do Amapá e da União.

Outro preso na operação foi o ex-governador e candidato ao Senado Waldez Goés (PDT). Depois, os candidatos foram liberados pela Justiça.

A prisão não impediu a continuidade da campanha. "Não vai mudar nada na eleição. São duas esferas diferentes, uma é a eleitoral outra é a criminal", disse o advogado Alberto Rollo.

Os dois candidatos presos tiveram seus registros aprovados pela Justiça Eleitoral. "Se o Ministério Público Eleitoral entender que houve crime, como a compra de votos, pode entrar com um processo de cassação. Esse corre à parte do criminal."

Nesse caso, segundo o especialista, o candidato continua concorrendo enquanto a Justiça Eleitoral não se pronunciar. Se o candidato fosse eleito, poderia ter de deixar o cargo caso fosse cassado após a diplomação. O nome deles continuou na urna eletrônica.

O episódio causou desconforto entre os petistas do Estado, porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apoiaram Waldez Góes.

Logo após a prisão, o PT do Amapá divulgou uma carta dirigida à direção nacional do partido e à coordenação da campanha de Dilma, criticando o apoio.

O documento, assinado por dirigentes e alas do PT no Amapá, diz ainda que a participação de Lula no programa de Góes, pedindo votos para o pedetista, "causou um profundo constrangimento" à direção da legenda no Estado.

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