16/09/2010 - 11h01

Prisão de governador e ex-governador do Amapá vira assunto no horário eleitoral

Especial para o UOL Eleições
Em Macapá
  • O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias

    O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias

O programa do horário eleitoral da noite desta quarta-feira (15) do governador e candidato à reeleição Pedro Paulo Dias (PP), preso sexta-feira (10) na “Operação Mãos Limpas”, foi aberto com off de um locutor lendo o que seria uma carta aos eleitores assinada pelo político.

“Nunca agi contra as leis do meu país”, diz a narração. Apesar do momento adverso, o governador se diz confiante, pede que o povo continue acreditando na sua candidatura e encerra a carta dizendo que “aqui de Brasília tenho recebido as manifestações de apoio do povo”. O restante do tempo foi usado com partes de programas anteriores à prisão.

Já o programa do ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes (PDT), também preso desde sexta-feira, diz que “não é um acontecimento no mínimo estranho que vai quebrar a confiança que o povo tem em Waldez”. Depois dessa abertura foi repetido o primeiro programa, que é uma apresentação do candidato, mostrando sua infância e sua trajetória política.

A coligação PSB-PT, que tem como candidato ao governo Camilo Capiberibe – que está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto – adotou a estratégia de vincular Jorge Amanajás (PSDB), segundo colocado nas pesquisas, ao ex-governador preso Waldez Góes exibindo um vídeo de uma sessão da Assembléia Legislativa, onde Amanajás diz que apoiou “o governador Waldez Góes em todas suas ações”.

Amanajás, que é presidente da Assembleia Legislativa, foi aliado de Waldez Góes, mas rompeu com ele quando decidiu candidatar-se a governador e não obteve o apoio de Góes. Em seu programa desta quarta, Amanajás apresentou sua candidata a vice, a deputada Francisca Favacho (PMDB), falou superficialmente sobre “o momento delicado que o Amapá vive” e chamou o eleitor a renovar as esperanças votando nele.

Com pouco mais de um minuto de tempo de televisão, Lucas Barreto (PTB), primeiro lugar nas pesquisas, quase nada falou sobre a Operação “Mãos Limpas”. Disse apenas que está envergonhado com a situação pela qual passa o Amapá e aproveitou para dizer que era "hora de mudar este quadro elegendo um governo austero, honesto, trabalhador e responsável". O PSTU não fez qualquer referência às prisões.
 

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