19/08/2010 - 14h57

Collor admite que errou na Presidência, mas volta a falar em "injustiça"

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Maceió
  • O candidato Fernando Collor de Mello admitiu que cometeu erros quando foi presidente

    O candidato Fernando Collor de Mello admitiu que cometeu erros quando foi presidente

O senador e candidato ao governo de Alagoas Fernando Collor de Mello (PTB) admitiu que errou em seu mandato como presidente (1990-1992) e que os equívocos foram responsáveis pelas acusações que sucederam no impeachment.

Collor usou o programa do horário eleitoral da noite dessa quarta-feira (18) para, pela primeira vez, "se explicar" ao eleitor. “Fui o mais jovem prefeito de capital, o mais jovem governador e o mais jovem presidente do Brasil. Talvez por excesso de confiança, por acreditar que todos estavam comigo, cometi alguns erros, antecipei decisões que precisariam ser melhor amadurecidas e aceitas pela sociedade”, disse.

Sem citar que decisões foram cometidas equivocadamente, o ex-presidente ainda disse que “esses erros viraram acusações, e, como todos sabem, e uma grande injustiça foi praticada“.

Em seguida, Collor deixou claro que aprendeu com os erros e não pretende repeti-los, e ainda alfinetou o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que teve o registro da candidatura ao governo cassado pelo TRE-AL (Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas).

“Mas, da mesma forma como aprendi e amadureci com meus erros, acho que meus algozes também devem aprender com a Justiça. Eu passei por todos os processos e fui inocentado de todas as acusações. Minha dignidade está preservada, e minha ficha, limpa”, afirmou.

Por fim, o candidato ao governo apelar para a religiosidade e demonstrou otimismo com sua volta ao governo. “Estou aqui de novo para servir à minha gente. Porque com nosso Senhor, nada nos afasta, nada nos amedronta. Vamos em frente. Vamos à grande vitória”, afirmou.

Vice fala à tarde

No primeiro programa, à tarde, Collor não falou, mas deixou ao seu candidato a vice, Galba Novaes (PRB), com a missão de fazer a sua defesa e culpar o preconceito como responsável pelo seu impeachment.

“Collor teve certamente teve uma das mais brilhantes carreiras políticas do Brasil. Aos 40 anos, chegou à presidência da República, mas o preconceito contra os nordestinos o derrubou. Por ser nordestino e alagoano, é perseguido até hoje. Mas a Justiça brasileira já o absolveu de todas as acusações. Agora só falta você, povo alagoano”, disse o vereador de Maceió.

Fernando Collor tem o menor tempo entre os três principais candidatos ao governo, com um minuto e 44 segundos de tempo no rádio e TV. Nos dois primeiros programas, o senador não citou nenhuma vez o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata Dilma Rousseff (PT).

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