Os militantes se concentraram neste domingo na frente do Teatro Municipal desde as 18h para um discurso de um reeleito Gilberto Kassab quase quatro horas depois. E o pronunciamento acabou truncado por falhas no microfone. Depois de cinco minutos brigando com o problema técnico, o prefeito de São Paulo pôde fazer seu discurso da vitória.
Ele pediu várias vezes que o público, umas 500 pessoas, gritasse vivas. "Viva a vitória de São Paulo. Viva São Paulo", puxou o coro ao microfone, cercado por vereadores e seguidores de sua aliança nas escadarias do teatro.
Já o publico presente ali preferiu provocar a petista Marta Suplicy (derrotada por 60% a 39% nas urnas). Uma faixa dizia: Dona Marta, Pode sair de férias "Relaxa e Goza", citando a frase dita por Marta durante a crise aérea de 2007.
"Esse fim-de-semana foi perfeito: Corinthians campeão e Kassab também", festejou Eliseu Souza, funcionário municipal. "A Marta vai pegar o avião das 22h e sumir da cidade", criticou a manicure Sandra Cristão, que se assume como anti-PT.
A festa kassabista teve queima de fogos, balões verdes e azuis lançados ao ar e chuva de papel picada. Nem só o jingle de campanha tocava no carro de som: clássicos da discoteca animando os simpatizantes e habitantes do centro.
O fato negativo ficou por conta a truculência dos seguranças que protegiam o prefeito reeleito. Um idoso tentou falar com Kassab, mas foi empurrado de tal forma, que acabou passando mal e sendo atendido por uma ambulância.
Antes do ato público, Kassab festejou com o governador José Serra e a cúpula de sua chapa em uma coletiva de imprensa. O ato terminou com o tucano erguendo os braços do demista eleito e sua vice peemedebista, Alda Marco Antônio.
O prefeito teve de esperar 40 minutos pela chegada de Serra antes de pronunciar sua vitória em auditório do hotel Cad´Oro, no centro de São Paulo.
Kassab anunciou na coletiva que oferecia a vitória a Serra. "Sofri uma grande perda com a morte de minha mãe [
morta em 2006], mas ganhou um grande amigo em nosso grande líder Serra", disse antes de dedicar seu triunfo nas urnas.