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26/10/2008 - 21h05

Derrota não significa fim da carreira de Marta, avaliam especialistas

Da Agência Brasil
Em São Paulo
Especialistas ouvidos pela "Agência Brasil" afirmam que o futuro político de Marta Suplicy (PT), que perdeu as eleições para prefeitura de São Paulo neste domingo (26), é longo e que a derrota abala a carreira da petista apenas em um primeiro momento.

"Perder sempre influencia uma trajetória política. A carreira dela daqui para frente será de acordo com os rumos que Marta tomar", explica o professor de ciência política da Fundação Escola de Sociologia e Psicologia de São Paulo, Rui Tavares Maluf.

Segundo o professor, Marta pode disputar as eleições de 2010 buscando uma vaga na Câmara dos Deputados para ganhar força para disputar novamente uma eleição majoritária. "Democracia representa alternância e esse processo é esperado, mas não significa o fim da carreira dela, muito pelo contrário".

Para a professora de história contemporânea da Universidade de São Paulo (USP) e de história da cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Maria Aparecida Aquino, a campanha de Marta pode ser considerada positiva mesmo com a derrota.

"Ela lutou em condições adversas contra um candidato que foi prefeito há apenas dois anos e não sofreu o desgaste político como ela teve quando foi prefeita. Para uma mulher com as posições polêmicas que ela tem, pode-se dizer que ela foi muito bem", esclarece.

Ainda segundo a especialista, Marta teve cerca de 40% dos votos válidos do maior colégio eleitoral do país. "São Paulo é um dos maiores colégios eleitorais do mundo e não podemos desprezar seus votos. Ela não sai com cacife para disputar a Presidência, mas tem potencial para outras grandes disputas", completa.

A professora da USP resslta que Marta encerrou sua participação nestas eleições com um discurso inteligente e pertinente: "Ela foi muito elegante ao chamar ao eleitor a responsabilidade de cobrar e fiscalizar o poder público. O povo pensa que votar só basta, mas as pessoas precisam participar mais da vida política que só o voto não resolve. A população precisa pensar nisto agora que mais uma eleição acaba e um novo ciclo começa".

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