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19/10/2008 - 22h03

Segundo bloco: Marta atribui caos no trânsito a Kassab; prefeito diz que petista deixou "cidade quebrada"

Rosanne D'Agostino
Em São Paulo
  • Moacyr Lopes Junior/ Folha Imagem

    No último debate, Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) partiram para o ataque pessoal


Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) voltaram a trocar ataques duros neste domingo (19), em debate realizado pela TV Record. No segundo bloco, Kassab trouxe uma "lista de taxas" supostamente pensadas pela gestão Marta, enquanto a petista voltou a atribuir o caos no trânsito à gestão do prefeito.

Mediado pelo jornalista Celso Freitas, este é o segundo e penúltimo confronto entre os adversários na televisão no segundo turno, antes das eleições de 26 de outubro. São duas horas de embate divididas em cinco blocos. No primeiro e no terceiro, Marta e Kassab respondem a perguntas de jornalistas da emissora. No segundo e no quarto, falam entre si. O quinto bloco é reservado às considerações finais.

Segundo bloco



A primeira pergunta do segundo bloco foi feita por Kassab, que questionou Marta sobre a suposta "falta de remédios em seu governo". "Olha Kassab, você deveria saber melhor que eu, porque você deixou para mim o PAS. Não tinha um remédio na cidade", atacou. "Nós fizemos um salto gigantesco." Ela também rebateu afirmação de Kassab sobre "taxa de coxinha". "Isso são debates internos de dentro de uma prefeitura."

"Quem depende de remédio está torcendo para a prefeita não voltar", disse Kassab. "Ela teve quatro anos para governar. Há mais de três anos não temos problemas de remédio e vamos ampliar", prometeu. "Levou quatro anos para recuperar o que você deixou", rebateu a petista, que alfinetou Kassab ao afirmar que, em sua gestão, tinha R$ 10 bilhões a menos de orçamento.

"Na minha gestão tratavam as pessoas muito bem, e não com gás lacrimogêneo", atacou novamente Marta, desta vez, sobre a política de urbanização de Kassab. "A sua política é do cheque despejo. A minha é a que faz o bairro legal", disse.

Taxas e trânsito



Kassab, como prometeu no primeiro bloco, voltou a atacar as taxas de Marta. Ele leu uma lista com supostas taxas pensadas pela petista, que não chegaram a ser implantadas. "Taxa do elevador, ISS do anúncio da Internet, da coxinha, do subsolo e dos postes. Marta, como você cria tantas taxas, e deixa a cidade quebrada?", perguntou.

Marta atribuiu as idéias de criação de tantas taxas à administração que sucedeu na prefeitura, de Celso Pitta. "Por que você não desonerou o povo dessa cidade? Eu trabalhei com muita dureza. Você, com tanto dinheiro, porque não fez mais creche, fez CEUs? Eu trabalhei numa circunstância, você trabalha em outra", disse Marta. "A primeira coisa que eu vou fazer será acabar com o ISS e desonerá-las da taxa do lixo", prometeu.

Ao perguntar a Kassab sobre a questão do trânsito, Marta disse que o candidato não fez os corredores que prometeu. "Que corredor você fez? Nem para ultrapassagem, nem sem. Simplesmente não fez. E a população sofre, você não está nem aí com as pessoas. Agora fica apresentando um cheque de metrô e as pessoas perguntando cadê o corredor", criticou.

"Nós temos responsabilidade, planejamento. Não podemos é ter pressa para inaugurar de qualquer jeito. Se demorar, paciência, o próximo prefeito que, se Deus quiser serei eu, vai inaugurar", rebateu.

O último debate do segundo turno na capital paulista deverá ser transmitido pela TV Globo na quinta-feira (23).

Primeiro bloco



No primeiro bloco, a primeira pergunta foi respondida pelo candidato à reeleição Gilberto Kassab sobre o conflito entre as polícias civil e militar ocorrido na última quinta-feira (16) na capital e afirmação do governador José Serra (PSDB), que atribuiu o conflito ao PT.

"A greve não é o melhor caminho. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), da aliança da nossa adversária, há uma semana, publicamente, já organizava manifestação a favor desse confronto. O caminho é o diálogo. Tenho certeza de que Lula, como presidente, vai consultar o governador e se colocar à disposição para resolver com diálogo", afirmou Kassab. "Fiquei indignada com o que aconteceu. Achei uma provocação e uma manifestação eleitoral [de Serra]", respondeu Marta.

Em seguida, Marta comentou sobre propaganda que questionava a vida pessoal do prefeito. "Essas perguntas foram testadas por marqueteiros e ninguém viu aquelas perguntas como malícia. O que aconteceu depois que influenciou", afirmou a petista, alfinetando a interpretação feita pela imprensa. "As pessoas não sabiam que ele era do PFL, foi importante para as pessoas conhecerem que é o candidato. Eu sou a pessoa que mais defendeu direitos humanos, minorias, sabem que eu nunca seria parceira de uma coisa que pudesse gerar isso", completou.

Início



Ao chegar à sede da emissora, Kassab disse que, "se alguém quiser ganhar no tapetão, isso não vai acontecer". "Confio na Justiça", alfinetou o candidato, referindo-se ao referia-se ao pedido de cassação de candidatura apresentado pela petista durante a semana.

"Estou muito animada, ninguém pode sentar na cadeira de prefeito antes da hora", disse Marta ao chegar. Ela também comparou a disputa política ao futebol. "Chegou no finzinho e o Palmeiras empatou", afirmou sobre o jogo deste domingo com o São Paulo.

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