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10/10/2008 - 14h06

Marta diz que tem mais afinidade com Covas do que Kassab

Rosanne D'Agostino
Em São Paulo
  • Evelson Freitas / Folha Imagem (2000)

    Ao rememorar apoio de Covas e Alckmin (ao fundo) em 2000, Marta tenta "faturar" com o racha no PSDB

  • Reinaldo Canato / Folha Imagem

    Do outro lado, Kassab tenta conquistar tucanos pró-Serra


Na tentativa de recuperar votos no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, a candidata Marta Suplicy (PT) voltou nesta sexta-feira (10), em campanha pelo centro da cidade, a tentar aproximação com o eleitorado tucano.

A petista afirmou que apoiou a candidatura de Mário Covas (PSDB) ao governo do Estado em 1998, contra Paulo Maluf, e alfinetou o adversário Gilberto Kassab (DEM), sugerindo que o ex-governador, que morreu em 2001, possuía mais afinidade com suas idéias do que com as do prefeito.

Marta tem mais afinidade
com Covas do que Kassab?

"Estamos fazendo uma fala ampla. Colocando que fomos parceiros em diversas ocasiões diferentes. Eu mesma levei o meu apoio na eleição do governador Mário Covas e recebi o apoio de Covas e de Alckmin na minha eleição para prefeita. Então, nós temos mais afinidade do que o campo que agora (para onde) o tucanato está indo", disse Marta, referindo-se aos tucanos kassabistas. Na capital paulista, o PSDB anunciou apoio à candidatura de Gilberto Kassab (DEM) no segundo turno.

A candidata tentar atrair eleitores que votaram, no primeiro turno, em Geraldo Alckmin, herdeiro de Covas na sucessão do governo do Estado em 2001. Desde a última quarta-feira (8), a candidata petista tem evocado repetidamente o fato de que, em 2000, Covas e Alckmin a apoiaram no segundo turno das eleições municipais contra Paulo Maluf (PP).

Kassab de "salto alto"



Marta também comentou sobre o evento que reuniu na noite desta quinta (9) ministros do governo federal em apoio a sua candidatura, no qual a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou que Kassab "utiliza as primeiras pesquisas para subir no salto alto e sentar na cadeira de prefeito" antes da hora.

"Ter dez ministros aqui em São Paulo defendendo a nossa campanha me deixa muito feliz, gostei muito das palavras da ministra [Dilma]", disse Marta. "E acho que fui muito enfática quando coloquei meus compromissos em uma carta. Eu vim aqui para fazer a união dessa cidade, não para dividir", completou.

Marta também voltou a prometer investimentos do governo federal para o metrô de São Paulo e, mais uma vez, criticou os CEUs (Centro Educacional Unificado), projeto de sua gestão que, segundo ela, foi mal continuado por Kassab. "Os CEUs estão ociosos à noite. Vamos investir para que tenha formação técnica, qualificação [nesse horário]", prometeu aos jovens assistidos pelo Projeto dos Irmãos Claretianos, onde almoçou.

Ela também voltou a criticar o transporte na capital e colar a imagem à de Lula. "Se a gente conseguiu consertar aquela zorra que era o transporte público, imagine agora com mais R$ 10 bilhões. O governo Lula fez o Brasil bombar, mas agora precisamos do voto de vocês, para mantermos a parceria com o governo federal", finalizou.

Em seguida, Marta percorreu três quarteirões de Santa Cecília, cumprimentando os comerciantes, até a igreja do bairro, onde recebeu a bênção do padre. Militantes com bandeiras acompanharam a candidata no percurso, durante o qual Marta teve de lidar com gritos isolados de "relaxa e goza" e "Martaxa".

Também em campanha, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição , esquivou-se de responder aos ataques da petista nesta manhã.

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