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28/10/2008 - 16h25

Eleitos nas capitais irão governar com maioria no legislativo

Maurício Reimberg
Em São Paulo
Os prefeitos das principais capitais brasileiras não devem encontrar resistência para aprovar os seus projetos nas Câmaras Municipais. Antes mesmo do início do próximo mandato, em 2009, os eleitos já garantiram uma maioria significativa nos legislativos locais. A articulação de uma ampla base de aliados é considerada estratégica para garantir a governabilidade ao longo da gestão.
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    Composição da Câmara Municipal em todas as 26 capitais brasileiras


Gilberto Kassab (DEM) é um dos prefeitos que podem formar uma sólida parceria com os vereadores. Em São Paulo, ele terá 36 aliados, num total de 55 cadeiras na Câmara Municipal. O apoio vem de oito partidos: DEM, PMDB, PSDB, PPS, PV, PTB, PR e PSC. O ex-PFL elegeu apenas dois vereadores em 2004, mas agora saltou para sete. Já o PT, principal partido de oposição, teve a sua presença reduzida. A sigla caiu de 13 para 11 vereadores.

O eleito Eduardo Paes (PMDB) também costurou uma maioria confortável para governar a Prefeitura do Rio de Janeiro. A coligação "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PTB-PSL) fez nove vereadores. No entanto, contando os partidos que se juntaram a Paes no segundo turno, o novo prefeito terá 32 parlamentares num total de 51 cadeiras. O DEM do atual prefeito Cesar Maia continua sendo uma força importante (oito), mas teve a pior queda. A legenda perdeu seis vereadores. Maia apoiou Fernando Gabeira (PV) na reta final.
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    Como fica o cenário político no Brasil pós-eleições municipais?


Em Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) terá cerca de 80% do legislativo a seu favor. Ele já tinha formado uma aliança de 12 partidos em torno da sua candidatura. Além disso, o acordo costurado pelo governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, e o prefeito da capital, o petista Fernando Pimentel selou uma aliança "informal" entre PT e PSDB. A oposição deverá ficar por conta da bancada do PMDB (quatro), PC do B (um) e PHS (dois).

Em Salvador, o reeleito João Henrique Carneiro (PMDB), que sempre teve maioria na Câmara, manteve o cenário positivo. Os partidos que integraram a coligação "A Força do Brasil em Salvador" e as legendas que apoiaram o peemedebista no segundo turno garantem 29 vereadores na base do prefeito, num total de 41 que compõem a Casa.

O PMDB do prefeito José Fogaça foi o partido que mais cresceu em Porto Alegre, aumentando sua bancada de quatro para seis vereadores. A aliança que apoiou o candidato à reeleição elegeu 16 parlamentares (num total de 36): seis do PMDB, cinco do PDT e outros cinco do PTB. Apesar do quadro favorável a Fogaça, a maior bancada continua sendo a do PT, que elegeu sete vereadores na capital gaúcha.

Reeleito no primeiro turno, Beto Richa (PSDB) terá uma maioria folgada em Curitiba. Dos 38 vereadores eleitos, 27 integram a base de Richa e destes 13 pertencem à sigla tucana, o que representa mais de um terço das cadeiras disponíveis. O PT, da candidata derrotada Gleisi Hoffmann, viu o número de cadeiras na Casa ser reduzido de quatro para três vagas. Já o PMDB, partido do governador Roberto Requião, que não contava com nenhum representante, conquistou duas vagas.

Em Fortaleza, a prefeita reeleita Luizianne Lins (PT) obteve a adesão de 12 partidos políticos (PT, PSB, PC do B, PMDB, PV, PHS, PMN, PTN, PRB, PSDC, PSL e PT do B). Eles fizeram parte de sua coligação e elegeram 26 vereadores das 41 vagas. No Recife, outro petista também construiu uma base de apoio. A frente de 15 partidos que formou a aliança de João da Costa conquistou 28 vagas, num total de 37 cadeiras.

Na capital de Goiás, o prefeito reeleito Iris Rezende (PMDB) terá uma forte presença na Câmara Municipal. Dos 35 vereadores eleitos de Goiânia, 28 fazem parte da coligação do prefeito - 11 deles são peemedebistas. Mesmo entre os oposicionistas, há vereadores que já admitem votar e dar sustentação aos projetos do Executivo.

Já em Manaus, Amazonino Mendes (PTB) deve ter um apoio equivalente a 63% do legislativo. Ao todo, existem 38 vereadores na Casa. Os três vereadores mais bem votados da cidade - Henrique Oliveira (PP), Carijó (PTB) e Reizo Castelo Branco (PTB) - fazem parte da bancada do futuro prefeito.

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