A campanha do deputado Walter Pinheiro (PT) à Prefeitura de Salvador ganhou um reforço de última hora: pelos menos 500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram a capital entre a noite desta sexta-feira (24) e a madrugada deste sábado (25) para trabalhar pela candidatura do petista. Neste domingo (26), Pinheiro e o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) se enfrentam no segundo turno pela prefeitura da capital baiana.
A decisão de incentivar a vinda dos sem-terra do interior para Salvador foi tomada pelo secretário estadual Walmir Assunção (Desenvolvimento Social e Prevenção à Pobreza). Assunção, militante há mais de duas décadas do movimento, é a principal liderança dos sem-terra na Bahia. "O que está em jogo não é apenas a Prefeitura de Salvador, mas um projeto político", airmou.
Lúcio Vieira Lima, irmão do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e presidente da executiva estadual do PMDB, disse que teme confusão entre os militantes dos dois partidos. "Se eles [os sem-terra] quiserem transformar uma festa democrática em guerra, não posso impedir o meu povo de reagir. É preciso que o governador Jaques Wagner reflita sobre isto e acalme os ânimos dos petistas", afirmou.
Na manhã deste sábado (25), a menos de 24 horas para o início da votação, os sem-terra começaram a trabalhar para Pinheiro, distribuindo panfletos em pontos estratégicos da capital baiana. Segundo a coordenação do movimento, dez ônibus trouxeram os militantes de cidades do extremo-sul e do Recôncavo, regiões onde o MST tem atuação mais destacada. "O nosso apoio à candidatura de Walter Pinheiro é pacífico. Não vamos reagir às provocações, não vamos brigar, queremos apenas ajudar um companheiro a ganhar as eleições", afirmou Eudes Queiróz, um dos líderes do movimento.
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