Os resultados das pesquisas Datafolha e Vox Populi divulgados neste final de semana alteraram a estratégia dos principais candidatos à Prefeitura de Salvador, que resolveram adotar um tom mais agressivo em suas respectivas propagandas na televisão.

Em seu programa eleitoral veiculado nesta segunda-feira (8), o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) voltou a bater, desta vez mais forte, em Walter Pinheiro (PT). Depois de destacar o que chamou de "incoerências" do candidato e afirmar que Pinheiro votou contra propostas que tinham o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o locutor da campanha do peemedebista afirmou: "Estes fatos mostram tudo, menos decência. O eleitor vai dar a resposta ao deputado Walter Pinheiro."

Em seguida, quatro ministros deram declarações de apoio a João Henrique: José Gomes Temporão (Saúde), Márcio Fortes (Cidades), Edison lobão (Minas e Energia) e Carlos Lupi (Trabalho).

O deputado Walter Pinheiro, que tinha ignorado as acusações iniciadas na semana passada, sentiu o golpe e, sem citar o nome do prefeito, respondeu no programa desta segunda. "A gente responde pelos nossos acertos e pelos nossos erros. O PT é um partido democrático", afirmou ao se defender das acusações de ter votado contra a reforma da Previdência. Outros dois ministros também apareceram no programa de Pinheiro: Patrus Ananias (Desenvolvimento) e Tarso Genro (Justiça).

Outro candidato que fez um programa "mais agressivo" foi o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB). Seguindo orientação dos seus marqueteiros, Imbassahy classificou João Henrique Carneiro como o "pior prefeito do Brasil" e voltou a atacar ACM Neto. Os coordenadores da campanha do tucano entendem que Imbassahy perdeu pontos nas duas pesquisas porque foi atacado por seus adversários e "permaneceu calado".

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