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07/08/2008 - 12h56

Candidato do PSOL arrecadou apenas R$ 2.800 para campanha

Manuela Martinez
Especial para o UOL
Em Salvador
Primo pobre entre os candidatos à Prefeitura de Salvador, o servidor público Hilton Coelho (PSOL) enfrenta muitas dificuldades nestas eleições. Desde a homologação de sua candidatura, no final do junho, a campanha de Coelho arrecadou pouco menos de 1,5% do valor previsto por seus coordenadores -R$ 200 mil. "Até hoje (7) conseguimos arrecadar apenas R$ 2.868", disse Carlos Alberto do Patrocínio Júnior, o principal assessor do candidato.

Sem dinheiro, Hilton Coelho ainda não confeccionou faixas, cartazes e panfletos para levar aos bairros e distribuir entre os eleitores. Enquanto o democrata Antonio Carlos Magalhães Neto, o tucano Antonio Imbassahy, o peemedebista João Henrique Carneiro e o petista Walter Pinheiro contam com uma grande infra-estrutura, Hilton Coelho comparece às passeatas, aos debates e às reuniões dirigindo o seu próprio carro.

"Hilton Coelho não tem motorista, não tem dinheiro para contratar funcionários, mas tem muita vontade de apresentar novas propostas para os eleitores", afirmou Carlos Alberto do Patrocínio Júnior.

Funcionário da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Patrocínio Júnior doou R$ 200 para ajudar na campanha de Coelho. Sua namorada, Zilmar Silva, foi mais generosa -contribuiu com R$ 1.000. O mesmo valor também foi doado pelo professor universitário Jorge Almeida, integrante da direção nacional do PSOL. Almeida foi o primeiro candidato petista a disputar a Prefeitura de Salvador, em 1985. "Temos militantes que doaram R$ 5, R$ 10", disse Patrocínio Júnior.

Cansaço

Para dar conta de todos os compromissos eleitorais -são, em média, 15 horas por dia de atividades-, Hilton Coelho tem dormido muito pouco. "Depois das atividades nos bairros, escolas e entidades de classe, nós ainda ficamos reunidos para gravar o programa eleitoral e preparar o programa de governo", afirmou Carlos Alberto do Patrocínio Júnior. Na semana passada, por exemplo, o assessor estava no carro do candidato quando percebeu "uma cochilada" do servidor público. "Tudo foi muito rápido, mas Hilton Coelho cochilou ao volante, o que é muito perigoso."

O comitê do candidato do PSOL também não tem nenhum funcionário contratado. "Quem está conosco é voluntário, quer ajudar o PSOL nesta empreitada", acrescentou Patrocínio Júnior. Enquanto Hilton Coelho estima gastar R$ 200 mil durante toda a campanha, os seus adversários registraram uma estimativa muito maior no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). ACM Neto, por exemplo, prevê gastos de R$ 8 milhões, João Henrique Carneiro, R$ 5 milhões; Walter Pinheiro, R$ 4,6 milhões; e Antonio Imbassahy, R$ R$ 3,9 milhões.

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