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06/08/2008 - 16h47

Campanha eleitoral paralisa Câmara Municipal em Salvador

Manuela Martinez
Especial para o UOL
Em Salvador
A campanha eleitoral praticamente paralisou os trabalhos na Câmara Municipal de Salvador. Desde o dia 7 de julho, apenas seis sessões ordinárias foram realizadas e somente uma chegou ao final. A ausência dos vereadores no plenário tem uma explicação: dos 41 integrantes da Casa, 40 são candidatos à reeleição.

Pelo regimento interno da Câmara, uma sessão somente pode começar com a presença mínima de 14 vereadores em plenário. "Nós fomos eleitos, inicialmente, para trabalhar pela cidade, mas, infelizmente, isto não está acontecendo neste momento. A maioria dos vereadores está pensando na reeleição", disse o médico Sandoval Guimarães (PMDB), líder do governo na Casa.

A partir de 1º de janeiro de 2009, quando tomam posse, os 41 vereadores da capital baiana vão receber R$ 9.288,05 por mês. Atualmente, o salário de cada um é de R$ 7.150. Além da remuneração, cada gabinete dispõe de um carro alugado, verba para contratar até 20 assessores, assinaturas de jornais e revistas e franquia (máximo de R$ 500) para correios e telefone, segundo informações da assessoria da Câmara.

Concorrência acirrada

A disputa pelas 41 cadeiras está acirrada. Além dos 40 vereadores candidatos à reeleição, outros 841 políticos disputam uma vaga, o que significa uma concorrência de 22 candidatos por cada cadeira. O vereador Antonio Lima (DEM) disse que a campanha não pode interferir nos trabalhos da Câmara. "Todos nós precisamos entender que dá tempo para votar os projetos que estão na pauta e, depois, ir para as ruas pedir votos."

Sandoval Guimarães disse também que as sessões ordinárias acontecem somente três dias por semana, às segundas, terças e quartas. "É claro que dá tempo para todos participarem das sessões. O problema é que muitos vereadores estão aproveitando as visitas dos candidatos a prefeitos em bairros para manter contato com suas bases eleitorais."

Líder da oposição, o vereador Paulo Magalhães (DEM) lembra que o excesso de faltas pode provocar a perda de mandato. "Os trabalhos estão mesmo prejudicados com estas ausências, mas os vereadores precisam tomar cuidado porque o excesso de faltas pode, inclusive, levar à perda do mandato", acrescentou.

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