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05/08/2008 - 19h33
Candidatos visitam bairro mais populoso em busca de eleitores
Gabriel Carvalho
Especial para o UOL
Em Salvador
Especial para o UOL
Em Salvador
Um local longe do centro, com carências na área de transporte, segurança e infra-estrutura. Assim é a bairro de Cajazeiras, localizado na periferia de Salvador e com cerca de 500 mil habitantes. Ou seja, o local perfeito para a realização de atos característicos de campanhas eleitorais.
Foi com este raciocínio que três candidatos à prefeitura de Salvador: João Henrique (PMDB), Antonio Imbassahy (PSDB) e Walter Pinheiro (PT) estiveram no último fim de semana na localidade que começou como um conjunto habitacional e tornou-se o bairro mais populoso do município.
Confiante nas obras de saneamento e edificações feitas pelo pai no bairro, o ex-governador e atual senador João Durval (PDT), nos anos 80, João Henrique visitou o Jardim Cajazeiras, localidade que nasceu após a criação do bairro. Lá, segundo ele, recebeu o agradecimento pelas intervenções feitas pela prefeitura nos últimos três anos. "Antes eram apenas duas ruas asfaltadas, e agora são várias", disse o cozinheiro Alberto dos Santos.
Apesar da empolgação de João, também houve reclamações. Os principais alvos foram o sistema de transporte e a iluminação pública. O prefeito reconheceu as necessidades e disse em discurso que, "apesar de tudo que já foi feito em Cajazeiras, há muito mais a fazer, não só pelo bairro como por toda a Salvador, especialmente a Salvador que o turista não conhece, que o rico não sabe onde fica".
Atento a outro problema que aflige os moradores do bairro, o desemprego entre jovens, o candidato Walter Pinheiro (PT) prometeu incentivar o artesanato e políticas de geração de trabalho e renda.
Durante o encontro com artesãos do bairro, Pinheiro disse achar um absurdo o fato de as fitinhas do Senhor do Bonfim -principal símbolo da religiosidade baiana- serem fabricadas fora do estado.
O candidato disse ainda que vai buscar recursos federais, através de parcerias com ministérios, para estimular a economia solidária e o chamado arranjo produtivo local. "Descentralizar a produção aumenta nossa capacidade de oferta", avalia.
Outro que esteve no bairro foi o tucano Antonio Imbassahy. Durante a visita, o candidato do PSDB comparou a situação atual da comunidade com a época da sua gestão.
Imbassahy também defendeu a recuperação da estrutura física dos conjuntos habitacionais e disse que são construções do início dos anos 80 que jamais tiveram manutenção. Segundo ele, existem recursos para viabilizar os projetos e o montante será levantado junto a parcerias com os governos federal e estadual.
As visitas dos candidatos, entretanto, não foram bem aceitas por todos. Segundo o desempregado Julio Amaral, 19 anos, o bairro só é visto pelos políticos a cada quatro anos. Alessandra Bispo dos Santos, 26, que é comerciaria também lamenta a lembrança dos candidatos apenas em períodos eleitorais.
Foi com este raciocínio que três candidatos à prefeitura de Salvador: João Henrique (PMDB), Antonio Imbassahy (PSDB) e Walter Pinheiro (PT) estiveram no último fim de semana na localidade que começou como um conjunto habitacional e tornou-se o bairro mais populoso do município.
Confiante nas obras de saneamento e edificações feitas pelo pai no bairro, o ex-governador e atual senador João Durval (PDT), nos anos 80, João Henrique visitou o Jardim Cajazeiras, localidade que nasceu após a criação do bairro. Lá, segundo ele, recebeu o agradecimento pelas intervenções feitas pela prefeitura nos últimos três anos. "Antes eram apenas duas ruas asfaltadas, e agora são várias", disse o cozinheiro Alberto dos Santos.
Apesar da empolgação de João, também houve reclamações. Os principais alvos foram o sistema de transporte e a iluminação pública. O prefeito reconheceu as necessidades e disse em discurso que, "apesar de tudo que já foi feito em Cajazeiras, há muito mais a fazer, não só pelo bairro como por toda a Salvador, especialmente a Salvador que o turista não conhece, que o rico não sabe onde fica".
Atento a outro problema que aflige os moradores do bairro, o desemprego entre jovens, o candidato Walter Pinheiro (PT) prometeu incentivar o artesanato e políticas de geração de trabalho e renda.
Durante o encontro com artesãos do bairro, Pinheiro disse achar um absurdo o fato de as fitinhas do Senhor do Bonfim -principal símbolo da religiosidade baiana- serem fabricadas fora do estado.
O candidato disse ainda que vai buscar recursos federais, através de parcerias com ministérios, para estimular a economia solidária e o chamado arranjo produtivo local. "Descentralizar a produção aumenta nossa capacidade de oferta", avalia.
Outro que esteve no bairro foi o tucano Antonio Imbassahy. Durante a visita, o candidato do PSDB comparou a situação atual da comunidade com a época da sua gestão.
Imbassahy também defendeu a recuperação da estrutura física dos conjuntos habitacionais e disse que são construções do início dos anos 80 que jamais tiveram manutenção. Segundo ele, existem recursos para viabilizar os projetos e o montante será levantado junto a parcerias com os governos federal e estadual.
As visitas dos candidatos, entretanto, não foram bem aceitas por todos. Segundo o desempregado Julio Amaral, 19 anos, o bairro só é visto pelos políticos a cada quatro anos. Alessandra Bispo dos Santos, 26, que é comerciaria também lamenta a lembrança dos candidatos apenas em períodos eleitorais.
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