O candidato do Democratas à prefeitura de Salvador, ACM Neto, voltou a defender nessa sexta-feira (1), após caminhada no Vale das Pedrinhas, um dos bairros mais pobres e violentos da capital baiana, o seu projeto de vídeo monitoramento da periferia da cidade.

No debate na Band entre os prefeituráveis, na quinta-feira (31 de julho), ACM e o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) trocaram acusações sobre o projeto do democrata, de colocação de câmeras de vigilância na periferia.

"Essa é uma proposta irrealizável, que não vai resolver o problema da criminalidade", disse Imbassahy. "Se o ex-prefeito quiser, posso pagar uma passagem para ele visitar São Paulo ou Vitória (ES) e ver que o sistema funciona. Se mesmo assim não acreditar, pago uma passagem para ele ver o que aconteceu com Madri", respondeu ACM.

Big Brother Bairros
Apelidado de "Big Brother Bairros", o projeto, ao custo de R$ 10 milhões, seria viabilizado, segundo o candidato do DEM, com recursos próprios do município, do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Pesquisas internas dos partidos, revelaram que a segurança pública - que é da alçada do Estado - é apontado pelos eleitores como um dos mais graves problemas de Salvador.

Desde a posse do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), em janeiro do ano passado, o número de homicídios aumentou 46%, em relação aos 18 últimos meses do governo anterior. A preocupação do governo é tão grande, que Wagner já exonerou o secretário Paulo Bezerra, da Secretaria de Segurança Pública, o único ocupante do primeiro escalão a deixar a administração.

Além do secretário, também foram exonerados o comandante geral da PM e o delegado-chefe da Polícia Civil.

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