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31/07/2008 - 15h52

PT recorre à Justiça para usar imagem de Lula

Manuela Martinez
Especial para o UOL
Em Salvador
A briga entre o PT e o PMDB para usar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela Prefeitura de Salvador chegou à Justiça. Apesar de o presidente Lula e do governador Jaques Wagner terem afirmado que o PT não tem exclusividade no uso da imagem do maior cabo eleitoral petista, a coligação "Salvador, Bahia, Brasil", encabeçada pelo deputado federal Walter Pinheiro (PT), ingressou com uma representação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) solicitando que a Justiça impeça o PMDB de usar a imagem do presidente.

No texto, os advogados da coligação classificam de "usurpação ilegal" o fato de o PMDB usar Lula como "cabo eleitoral". "Tal usurpação das imagens do presidente Lula pela coligação representada revelam-se absurdamente ilegais", diz um trecho da ação. Na Bahia, a principal liderança do PMDB é o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), que apóia a candidatura de João Henrique.

Na última pesquisa Datafolha, publicada na sexta-feira passada, Walter Pinheiro aparece em quarto lugar, com 7% das intenções de voto, à frente apenas do servidor público Hilton Coelho, que disputa a prefeitura pelo PSOL. À frente de Pinheiro, estão o prefeito João Henrique, com 19%, Antonio Imbassahy (PSDB), com 25%, e Antonio Carlos Magalhães Neto, do DEM, com 27%.

Até março último, o PT fez parte do governo João Henrique ocupando, inclusive, secretarias importantes, como a da Saúde. O rompimento aconteceu porque o PT resolveu lançar candidatura própria à sucessão municipal. Walter Pinheiro disse que a ação não traz problemas para a base aliada e não significa confronto com os pensamentos do presidente Lula e do governador Jaques Wagner.

De acordo com candidato, em Caetité (BA), o PMDB e o PT recorreram à Justiça para impedir que outros partidos usassem a imagem do presidente durante a campanha. "Nós apenas estamos fazendo o que o PMDB fez no interior da Bahia", disse Walter Pinheiro. A advogada da coligação petista, Sara Mercês, disse que, no Estado democrático, o que impera é a legislação e "não a vontade do gestor".

O PMDB informou que somente vai se pronunciar quando for notificado. No entanto, segundo sua assessoria, o partido vai continuar usando a imagem do presidente na campanha.

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