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29/07/2008 - 19h43

Ex-líder nas pesquisas, radialista se afasta de emissora por ACM Neto

Gabriel Carvalho
especial para o UOL
em Salvador (BA)
Ex-líder nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Salvador, o radialista Raimundo Varela está afastado por três meses da apresentação do programa Balanço Geral, na emissora filiada à Rede Record na Bahia.

Em uma curta nota distribuída à imprensa, a TV Itapoan informou que "o apresentador Raimundo Varela decide se afastar da apresentação do programa Balanço Geral por motivos pessoais e voltará ao comando do programa no dia 3 de novembro".

Varela, que é filiado ao PRB, partido do vice-presidente da República, José Alencar, desmentiu os rumores de que não voltará à televisão. "Vou me envolver de corpo e alma na campanha de ACM Neto", justificou o comunicador ao site "Bahia Notícias".

Varela aproveitou também para alfinetar os dois maiores adversários políticos de ACM Neto. "Ora, o ministro Geddel tem o seu candidato; o governador Wagner tem três. Eu não posso ter um também?", disse.

O radialista afirmou ainda que será candidato a senador em 2010 e que a saída do programa não implica em perda do que a rede lhe paga "com a qual eu tenho contrato assinado até 2012".

"Tomara que ele seja candidato e que seja fragorosamente derrotado nas urnas", disparou o radialista Mário Kertész, proprietário da rádio Metrópole, durante o programa Jornal da Bahia no Ar, na manhã desta terça. "A saída do Varela representa um alívio para nossos ouvidos, cansados desse populismo barato e de tantas mentiras professadas por interesses inconfessáveis", disse.

Apesar de não se manifestar publicamente em relação ao afastamento de Varela, o PMDB do prefeito João Henrique foi o partido que mais comemorou a decisão. Segundo a coordenação da campanha peemedebista, o candidato da legenda vinha sendo prejudicado com reportagens negativas da administração municipal.

Em alguns casos, de acordo com a assessoria da campanha de João Henrique, a prefeitura sequer tinha direito de resposta. O advogado do PMDB, Manuel Nunes afirmou que a saída de Varela é positiva, mas que vai continuar vigilante com relação à cobertura do jornalismo da Record. "Precisamos continuar o monitoramento porque o substituto de Varela pode adotar a mesma postura que ele", afirmou.

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