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25/10/2008 - 16h46

TRE-RJ divulga nota respondendo a suposta suspeita de fraude na eleição do Rio

Da Redação
O prefeito do Rio, Cesar Maia, disse nesta quinta-feira (23) em seu boletim eletrônico que há um plano de fraude nas eleições da cidade a favor do candidato do PMDB, Eduardo Paes, se as pesquisas divulgadas no fim de semana indicarem um quadro de indefinição. Ele diz ter recebido a informação de três fontes das polícias estadual, federal e do Exército.

Segundo o prefeito, a partir das 15h de domingo, mesários receberiam ordens pelo celular para votarem no número 15 [de Eduardo Paes] no lugar dos eleitores ausentes, enquanto outros assinariam os livros.

O jornalista Ricardo Noblat também disse em seu blog que um integrantes da campanha de Paes confidenciou a amigos que estava sendo oferecido dinheiro a mesários que facilitassem a fraude da votação de domingo.

O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) diz que, para ocorrer a fraude, seria necessária participação de um grande número de pessoas, o que seria inviável não ser descoberto. Em resposta a estas acusações de plano de fraude, o TRE-RJ soltou uma nota. Confira a íntegra:

Em relação à suposta suspeita de fraude postada ontem, sexta-feira (24), no blog do jornalista Ricardo Noblat, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro esclarece que a trama sugerida é, no mínimo, improvável. Segundo a denúncia anônima relatada pelo blog, perto do fim da votação, um representante da campanha do candidato Eduardo Paes iria à cabine eleitoral votar no lugar de eleitores faltosos.

Para que tal manobra surtisse efeito seria necessário corromper todos os quatro mesários da seção eleitoral, mais o policial militar que dá segurança àquele local de votação, além dos fiscais de partidos e coligações - inclusive o fiscal da coligação que seria prejudicada.

Mesmo se a necessidade corromper tantas pessoas ao mesmo tempo não fosse, por si só, um impedimento, tal procedimento seria facilmente identificável, pelo cruzamento do número de comparecimento da seção eleitoral com o de justificativas eleitorais daquela mesma seção. Para que um eleitor vote, é preciso que o presidente de seção lance no sistema o número do título de eleitor. Da mesma forma, quando o eleitor que está fora da cidade justifica a ausência, o número de seu título é registrado no sistema. A duplicidade de registro (como voto e justificativa) seria imediatamente identificada.

Portanto, o sucesso de tal fraude exigiria que, além da corrupção generalizada citada anteriormente, a quadrilha soubesse previamente quais eleitores faltosos daquela seção não justificariam a ausência em outro município, o que é impossível de ocorrer no horário da votação mesmo para a Justiça Eleitoral, pois nenhum dado dos disquetes da urna eletrônica foi ainda transmitido para seu banco de dados.

A Justiça Eleitoral investe pesadamente na fiscalização do pleito, no treinamento dos mesários e na segurança do sistema eleitoral exatamente para garantir a lisura do pleito e o cumprimento da vontade do eleitor.

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