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24/10/2008 - 12h54

No Rio, voluntários fazem mobilização e tentam atrair indecisos na campanha pela Internet

Thyago Mathias
Especial para o UOL Eleições
Do Rio de Janeiro
A propaganda eleitoral no rádio, na TV e na Internet não é mais permitida a partir da meia-noite desta sexta-feira (24), ao menos oficialmente. Iniciativas voluntárias têm percorrido a rede mundial de computadores nos últimos dias de campanha, tanto com o envio de mensagens anônimas que disseminam boatos, quase sempre duvidosos, quanto com a promoção de mobilizações que conclamam os eleitores a sair da frente dos computadores e ir para as ruas do Rio, neste fim de semana decisivo.

Em seus programas de TV, Fernando Gabeira (PV) reconheceu que boa parte de seu sucesso no primeiro turno deveu-se à ação da militância online. O candidato tem vídeos entre os mais acessados nos portais de compartilhamento e pede sempre que os eleitores confiram a página dele na Internet. Segundo a coordenação de campanha do PV, a rede permite a interação ilimitada com informações, de um modo inteiramente novo, próximo ao que fomentou a campanha de Barack Obama nas eleições presidenciais americanas. Essa interação permitiu que o comitê oficial de Gabeira encampasse ações iniciadas por usuários domésticos, como a mobilização para doação de sangue ao HemoRio, no dia 18.

A chamada "onda verde" de voluntários pró-Gabeira já tem, por exemplo, uma estratégia para influenciar os indecisos no fim de semana sem campanha oficial. Há cerca de duas semanas, circulam mensagens para que eleitores do PV vistam uma peça de roupa verde e, silenciosamente, demonstrem sua preferência. Antes mesmo dos dias 25 e 26, porém, já há quem saia às ruas com um adesivo colado no peito.

"Nós não podemos deixar a onda verde passar e ficarmos de fora. Pascal, o filósofo francês, já dizia: 'é renovar ou morrer'. Nossa opção é renovar e por isso digo a todos os amigos para 'gabeirar'. Essa é a luta e será a graça da vitória", manifestou-se a militante católica Lêda Machado, que adotou a campanha de Gabeira e iniciou, ela própria, uma mobilização de voluntários para que gravem em suas caixas de mensagem e secretárias eletrônicas textos de apoio à candidatura do PV.

Se Eduardo Paes (PMDB) não conta com campanha tão efetiva, na Internet, meio que ele mesmo declarou ter favorecido seu adversário, ele tem, por outro lado, a militância nas ruas a favor de si. Desde que entidades estudantis como a UNE e a UEE, além da União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB, resolveram aderir à campanha, não faltam panfletos e adesivos nas portas de universidades. O PCdoB encomendou 50 mil folhetos e distribuiu duas mil bandeiras a militantes de Paes.

"Toda militância aderiu à campanha do candidato. Durante toda esta semana estamos participando de eventos com ele", declarou o presidente municipal do PCdoB, Jorge Barreto.

Ainda assim, eleitores, como o economista Rodrigo de Azevedo, não desistiram de enviar mensagens aos amigos em defesa do candidato do PMDB.

"O Eduardo Paes tem uma plataforma em prol das maiorias e não irá se empenhar na defesa de valores esquizofrênicos. Seria bom para o Rio ter prefeitura e governo, estadual e federal, alinhados", explicou o eleitor, que garante conquistar votos para o peemedebista entre os indecisos, ao mesmo tempo em que repudia o envio de mensagens apócrifas.

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