UOL Eleições 2008 Últimas Notícias

16/10/2008 - 14h19

Fiscais eleitorais investigam propaganda irregular no Maracanã

Diana Brito
Especial para o UOL Eleições
Do Rio de Janeiro
O TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, realizou na quarta (15) uma operação de repressão à propaganda irregular no estádio do Maracanã e nas áreas vizinhas, durante a partida entre as seleções brasileira e colombiana - que terminou em 0 x 0. Cerca de 50 fiscais eleitorais se infiltraram na torcida do Brasil. Minutos antes do jogo, um carro adesivado, que executava o jingle de campanha do candidato a prefeito Eduardo Paes (PMDB), foi apreendido.

O chefe da fiscalização do TRE, Luiz Fernando Santa Brígida, disse que o carro de propaganda irregular de Paes estava circulando no estacionamento e ao redor do estádio antes do jogo. Segundo Santa Brígida, o motorista não foi detido, mas retirado das dependências do Maracanã e encaminhado para fora da região.

A ação no Maracanã foi planejada após uma denúncia. No último fim de semana, durante o jogo do Flamengo e Atlético Mineiro, panfletos apócrifos contra o candidato Fernando Gabeira (PV) foram distribuídos do lado de fora do estádio. No mesmo dia, segundo jornalistas que cobriam a partida de futebol, o painel do Maracanã exibiu mensagens de apoio a Paes enviadas por torcedores via torpedo.

Santa Brígida ainda entregou, na quarta (15), à presidente da Suderj, Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro, Márcia Lins, uma intimação solicitando relatório num prazo de 48 horas das mensagens de celular exibidas no telão do estádio, no último sábado (11). A Suderj negou que tenham sido exibidas mensagens de apoio a Paes. Na partida, foram recebidas 762 mensagens pelo sistema que controla o painel, cem foram expostas, entre elas, algumas com conteúdo eleitoral.

Tática de guerrilha



A fiscalização do Tribunal afirmou que a distribuição de panfletos apócrifos é o maior problema no segundo turno da eleição no Rio. Santa Brígida destacou que os criminosos estão usando uma "tática de guerrilha" para desorientar os fiscais na hora de entregar folhetos anônimos contra determinado candidato.

"Quando a denúncia chega para nós parece até que eles (criminosos) são avisados, porque assim que chegamos ao local de distribuição dos panfletos ilegais, eles já escaparam. É tipo uma tática de guerrilha", afirmou o chefe da fiscalização do TRE.

Veja mais notícias de eleições na cidade de Rio de Janeiro - RJ

Compartilhe:

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Mais notícias

    Hospedagem: UOL Host