O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) formalizou, no início da tarde desta quarta-feira (8), o apoio a Eduardo Paes (PMDB) no segundo turno das eleições no Rio de Janeiro. A reunião, na sede do partido, começou logo pela manhã, às 11 horas, mas a aliança não ficou confirmada até que Paes e sua assessoria terminassem de estudar e aceitar o termo com condições do PT.
No encontro, que contou com lideranças do partido, como a ex-governadora Benedita da Silva, que ocupa a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos no Governo Sérgio Cabral, mas não com a presença do candidato derrotado Alessandro Molon, o presidente do diretório municipal do PT, Alberes Lima, afirmou que todos os militantes devem seguir a decisão, apesar de dissidências declaradas dentro do partido. Isso incluiu o próprio Molon e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu sou partidário, vou seguir a posição do meu partido que deve se decidir amanhã", disse Molon, ainda na terça (7).
Durante almoço com o presidente Lula, no mesmo dia, Paes obteve a resposta de que o presidente não se envolveria diretamente na campanha no Rio, mas que também não apoiaria Gabeira, de acordo com o peemedebista. Lula não fez declarações sobre o encontro.
"O presidente Lula vai apoiar os candidatos que os partidos da base apoiarem", comentou Paes, após o almoço.
Uma reunião do presidente com lideranças nacionais do PMDB é prevista para a noite desta quarta, durante jantar no Palácio da Alvorada. Na pauta estão as formações de aliança entre PT e PMDB nos municípios onde os partidos não concorrem ao segundo turno. Segundo nota divulgada pelo PT carioca, porém, Lula subirá apenas nos palanques em que enfrenta diretamente candidatos do DEM e do PSDB, o que exclui o Rio de Janeiro. As condições impostas a Paes não foram divulgadas.
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