Tropas federais fazem as primeiras prisões da Operação Guanabara

Pela primeira vez desde o início da Operação Guanabara, no dia 11, o Exército efetuou prisões em uma das favelas ocupadas no Rio. Segundo o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), André Luís Novaes Miranda, logo que as tropas chegaram nesta sexta-feira (26) no Conjunto Amarelinho, em Irajá (zona norte), dois homens foram detidos fumando maconha e portando cocaína e morteiros.

"Não tinha necessidade da tropa agir, mas não podemos flagrar um ato criminoso na nossa frente, por mais que esse não seja o nosso foco. A operação não é de segurança pública, o objetivo do Exército é dar segurança ao processo eleitoral. Mas quando houver um flagrante ilícito nós vamos agir e dependendo da situação chamamos a polícia", disse Novaes.

Os dois detidos foram encaminhados para a 39ª DP (Pavuna). De acordo com o porta voz do CML, os rapazes se entregaram e não reagiram. "Possivelmente, eles eram olheiros do tráfico", comentou.

Na chegada dos militares pela manhã, criminosos efetuaram disparos para o alto. Apesar do clima tenso mais cedo, o Conjunto Amarelinho está tranqüilo nesta tarde. As tropas federais permanecerão no local até as 18h.

Nesta sexta-feira, sete favelas estão ocupadas pelo Exército na Operação Guanabara, que tem o objetivo de garantir tranqüilidade para moradores que possam estar sendo coagidos por milicianos ou traficantes de drogas a votar em determinado candidato. No final do dia, os militares deixaram as favelas do Lixão e Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Eles permaneceram até amanhã (27) nas comunidades de Pilar e Beira Mar, também em Caxias; na favela Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, na zona oeste; e em Acari e no Amarelinho, ambos na zona norte.

Segundo o porta-voz do CML, os militares contam com um novo meio de transporte na ocupação da favela Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, na zona oeste do Rio. Dezenas de cavalos estão sendo utilizados pela equipe da 9ª Brigada do Exército para garantir a segurança do processo eleitoral na região. As tropas trabalham na ação com tanques, veículos blindados e helicópteros.

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