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11/09/2008 - 18h18

Primeiro dia de ocupação foi sucesso, segundo TRE-RJ

Thyago Mathias
Especial para o UOL
Do Rio de Janeiro
O presidente em exercício do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Alberto Motta Moraes, em entrevista coletiva, no final da tarde desta quinta-feira (11), declarou não ter sido registrado qualquer problema nas comunidades de Rio das Pedras, Gardênia Azul e Cidade de Deus, além do Complexo da Maré, durante o primeiro dia de intervenção das Forças Armadas neste processo eleitoral.

"Cada local tem sua história, muita complicada, mas não houve problema nenhum, até porque, por estratégia das Forças Armadas, foram divulgadas com antecedência as áreas que isso ia ocorrer, o que fez com que criminosos e milicianos se afastassem", afirmou o desembargador, para quem a presença massiva de material irregular de campanha foi o mais impressionante.

"Na Maré, a situação estava muito cômoda. O que, a mim e ao TRE, causou espanto, mas não surpresa, foi a quantidade de propaganda irregular. A quantidade de caminhões requeridos e o nosso pessoal não serão suficientes para recolher tudo aquilo", disse. Ainda, segundo ele, a retirada desse material "não podia ser feita antes, porque a polícia, que acompanhava os fiscais, dizia: 'não vamos entrar aqui, porque pode haver confronto'", completou Moraes.

Acompanhado do coordenador de Fiscalização da Propaganda Eleitoral, juiz Luiz Márcio Alves Pereira, o desembargador disse que os candidatos que aparecem nas placas, galhardetes e faixas apreendidos serão notificados.

"Toque de recolher"

Sobre a limitação do horário de campanha nas comunidades ocupadas, que alguns candidatos chamaram de "toque de recolher eleitoral", Motta Moraes alegou que é preciso haver controle, para que as Forças Armadas e o TRE possam se responsabilizar pela segurança dos candidatos. Também garantiu que, em respeito ao "princípio da isonomia", mesmo os candidatos que residam ou se sintam seguros para fazer campanha nessas comunidades fora do horário estabelecido (das 12h às 18h) devem respeitar a determinação, se quiserem contar com a segurança federal.

"Os candidatos reclamavam que não podiam entrar. Aí, nós dizíamos para entrar com a polícia e eles: 'com polícia não entramos'. Se eles não querem fazer campanha lá, agora, isso é uma demonstração inequívoca de que aquele não é o interesse deles. Reclamar é muito fácil, mas na política isso é um jogo de marketing muito conhecido", criticou Motta Moraes.

Segundo o TRE, o rodízio das ocupações vai servir para que as tropas conheçam melhor as áreas em que devem atuar, sobretudo, no dia da eleição, quando fará uma "atuação mais dispersa e abrangente, por toda a cidade".

As próximas comunidades a receberem as Forças Armadas, no domingo, são as favelas do Taquaral, Coréia e Vila Aliança.

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