UOL Eleições 2008 Últimas Notícias

27/08/2008 - 16h28

Solange cogita participação de Cesar Maia em futura gestão

Thyago Mathias
Especial para o UOL
Do Rio de Janeiro
Candidata do prefeito Cesar Maia ao executivo municipal carioca, Solange Amaral (DEM) negou que sua administração seria uma continuidade da atual e defendeu a parceria com os governos Federal e do Estado, com os quais Maia é rompido, mas disse que "anda pensando" em convidar o prefeito para atuar ativamente com ela, em 2009, caso eleita.

"O Cesar Maia é um mago das finanças, é um grande economista. Eu sou de formação mais humanista", respondeu Solange, em sabatina na Associação Brasileira de Imprensa, nesta quarta-feira (27), para acrescentar que ela e Maia são complementares. Num outro momento, porém, a democrata afirmou: "O Cesar Maia é uma pessoa, a Solange Amaral é outra. Serei uma prefeita pós-Cesar Maia".

Maia aparece em todos os programas de TV da candidata, mas ela tentou descolar sua imagem da dele para se proteger das críticas de que o rompimento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador Sérgio Cabral (PMDB) teria prejudicado o Rio ao longo do último mandato do DEM.

"Fui deputada junto com o Sérgio Cabral, votei nele para presidente da Assembléia Legislativa, mas não vou procurar o Sérgio para fazer 'fofura'. Às vezes os políticos se fustigam, mas as máquinas trabalham juntas", disse a candidata, que propôs "avançar no entrosamento dos governos, sobretudo nas áreas de saúde e transporte". Ela também lembrou que a aliança nos níveis municipal, estadual e federal é necessária para o projeto de fazer da cidade a sede dos jogos olímpicos de 2016.

Em algumas respostas, Solange variou da defesa à crítica do prefeito.

Divagando sobre educação, por exemplo, a candidata democrata comentou: "Como é que o Governo do Estado consegue fazer ensino-médio à noite? É usando os prédios cedidos pelas escolas municipais, gratuitamente", afirmou. Para em seguida apontar que Maia se isolou na gestão e não faz publicidade de seu governo.

Nesta mesma quarta-feira, em seu ex-blog, Maia divulgou que a Cidade da Música, obra que tem sido alvo de críticas da oposição pelo custo de R$ 500 milhões, foi construída com a verba que a prefeitura deixou de investir em publicidade. Solange, ao contrário, afirmou que pretende voltar a gastar com propagandas da prefeitura.

Na sabatina da ABI, promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, a candidata do DEM disse que a favelização ocorre no Rio há mais de um século, que é contra armar a guarda municipal, que pretende obter apoio da Polícia Militar para impor um quadrilátero de tolerância zero ao crime no centro da cidade e acrescentou que é favorável à permanência das Forças Armadas após as eleições, porque "não tem policiamento nas ruas". Ela também atribuiu à falta de entendimento dentro do Governo Federal a responsabilidade pela falta de revitalização da zona portuária, uma vez que a maior parte dos terrenos na região pertencem à Companhia Docas do Rio de Janeiro, empresa pública federal.

Compartilhe:

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Mais notícias

    Hospedagem: UOL Host