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25/08/2008 - 13h14
Vereadores e militantes infiéis voltam-se para Paes e Feghali
Thyago Mathias
Especial para o UOL
Do Rio de Janeiro
Especial para o UOL
Do Rio de Janeiro
O candidato peemedebista à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, tem ameaçado a solidez das candidaturas adversárias. Durante caminhada pelo Aterro do Flamengo, nesse domingo (24), Paes contou com o apoio do candidato a vereador Felipe Leoneti, do PSC, partido que lançou o nome do deputado federal Filipe Pereira como candidato a prefeito.
"Eu conheço o Eduardo de longas datas. É um amigo próximo, conhecido da família. Não tenho nada contra o Filipe, que é um excelente deputado federal, mas tenho o direito de apoiar o candidato que me parece mais bem preparado", declarou Leoneti, que caminhou com um adesivo de Paes colado na camisa e disse não estar preocupado com uma possível punição pelo partido.
"É lamentável a postura desse candidato. Ele é da legenda e deveria mostrar que tem ética e respeito pelo nome que seu partido lançou. Para quem está em início de carreira, ele começou muito mal", declarou o candidato Filipe Pereira.
Já punidos pelo apoio a Paes, no dia 15 de agosto, foram os vereadores Luiz Antônio Guaraná e Luiz Carlos Ramos, do PSDB, partido que é vice na chapa de Fernando Gabeira (PV). "Temporariamente, Guaraná e Ramos ficarão fora dos programas de rádio e TV. A decisão da executiva é para corrigir rumos", disse, na ocasião, o presidente do diretório regional do PSDB, Luiz Paulo, o vice de Gabeira.
O PSDB é também o partido do deputado estadual Pedro Paulo, que foi visto junto com o deputado André do PV, na caminhada de Paes, no Flamengo. Quando viram a chegada da imprensa, os dois procuraram se afastar fisicamente do peemedebista. Os dois alegaram ser coincidência o encontro com Paes. Nesta segunda-feira (25), no entanto, deram versões divergentes para a presença no parque.
A assessoria do deputado André do PV informou que, como os dois participam de comissões afins - Saneamento e Meio Ambiente - na Assembléia Legislativa, cumpriam juntos uma vistoria e foram encontrar com uma outra pessoa no Aterro. Pedro Paulo, porém, disse que foi almoçar com a família em uma churrascaria que fica no parque e, por acaso, encontrou André e alguns candidatos.
Pedro Paulo, Guaraná e Carlos Ramos já haviam sido advertidos pelo partido e ameaçados de expulsão, no ano passado. Eles pretendiam trocar de partido, seguindo Paes, que foi do PSDB para o PMDB, mas desistiram diante da decisão do Supremo Tribunal Federal de que os mandatos pertencem aos partidos políticos.
Na sexta-feira (22), os candidatos a vereador Dr. Jairinho (PSC) e Eliana Ribeiro (PTdoB) também foram flagrados em atos de campanha juntos com Eduardo Paes, na zona oeste. O candidato oficial do PTdoB à prefeitura é Vinícius Cordeiro.
Pesquisa eleitoral provoca dissidências na esquerda
Nesta segunda-feira (25) surgiram insinuações de que militantes do PT e do PDT teriam participado de reuniões da campanha de Jandira Feghali (PCdoB). Os dois partidos lançaram as candidaturas de Alessandro Molon e Paulo Ramos, respectivamente. O motivo da dissidência seria a insatisfação com as recentes pesquisas eleitorais, que prevêem um segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Eduardo Paes. A aproximação com Jandira seria uma tentativa de construir um "voto útil" da esquerda.
"A verdade é que tem gente no PT que nunca quis a candidatura do Molon. Eles não engoliam antes a parceria com o PMDB e também não acreditavam que ele pudesse alavancar. Com essas pesquisas, essa ala mais à esquerda já tem procurado a Jandira, sim. Desde o início, que eles queriam chapa com o PCdoB", informa uma militante filiada ao PT-RJ há nove anos, que já serviu a uma deputada eleita pelo partido e prefere não se identificar. Ela lembra que a dissidência partidária surgiu desde o início da campanha, quando o fracasso na coligação com o PMDB gerou um movimento pró-Jandira, que contou com apoio da executiva nacional dentro do PT.
Procurados, o PDT negou os rumores e o candidato petista preferiu não comentar. O PCdoB não confirmou nem negou a aproximação com petistas e pedetistas.
"Eu conheço o Eduardo de longas datas. É um amigo próximo, conhecido da família. Não tenho nada contra o Filipe, que é um excelente deputado federal, mas tenho o direito de apoiar o candidato que me parece mais bem preparado", declarou Leoneti, que caminhou com um adesivo de Paes colado na camisa e disse não estar preocupado com uma possível punição pelo partido.
"É lamentável a postura desse candidato. Ele é da legenda e deveria mostrar que tem ética e respeito pelo nome que seu partido lançou. Para quem está em início de carreira, ele começou muito mal", declarou o candidato Filipe Pereira.
Já punidos pelo apoio a Paes, no dia 15 de agosto, foram os vereadores Luiz Antônio Guaraná e Luiz Carlos Ramos, do PSDB, partido que é vice na chapa de Fernando Gabeira (PV). "Temporariamente, Guaraná e Ramos ficarão fora dos programas de rádio e TV. A decisão da executiva é para corrigir rumos", disse, na ocasião, o presidente do diretório regional do PSDB, Luiz Paulo, o vice de Gabeira.
O PSDB é também o partido do deputado estadual Pedro Paulo, que foi visto junto com o deputado André do PV, na caminhada de Paes, no Flamengo. Quando viram a chegada da imprensa, os dois procuraram se afastar fisicamente do peemedebista. Os dois alegaram ser coincidência o encontro com Paes. Nesta segunda-feira (25), no entanto, deram versões divergentes para a presença no parque.
A assessoria do deputado André do PV informou que, como os dois participam de comissões afins - Saneamento e Meio Ambiente - na Assembléia Legislativa, cumpriam juntos uma vistoria e foram encontrar com uma outra pessoa no Aterro. Pedro Paulo, porém, disse que foi almoçar com a família em uma churrascaria que fica no parque e, por acaso, encontrou André e alguns candidatos.
Pedro Paulo, Guaraná e Carlos Ramos já haviam sido advertidos pelo partido e ameaçados de expulsão, no ano passado. Eles pretendiam trocar de partido, seguindo Paes, que foi do PSDB para o PMDB, mas desistiram diante da decisão do Supremo Tribunal Federal de que os mandatos pertencem aos partidos políticos.
Na sexta-feira (22), os candidatos a vereador Dr. Jairinho (PSC) e Eliana Ribeiro (PTdoB) também foram flagrados em atos de campanha juntos com Eduardo Paes, na zona oeste. O candidato oficial do PTdoB à prefeitura é Vinícius Cordeiro.
Pesquisa eleitoral provoca dissidências na esquerda
Nesta segunda-feira (25) surgiram insinuações de que militantes do PT e do PDT teriam participado de reuniões da campanha de Jandira Feghali (PCdoB). Os dois partidos lançaram as candidaturas de Alessandro Molon e Paulo Ramos, respectivamente. O motivo da dissidência seria a insatisfação com as recentes pesquisas eleitorais, que prevêem um segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Eduardo Paes. A aproximação com Jandira seria uma tentativa de construir um "voto útil" da esquerda.
"A verdade é que tem gente no PT que nunca quis a candidatura do Molon. Eles não engoliam antes a parceria com o PMDB e também não acreditavam que ele pudesse alavancar. Com essas pesquisas, essa ala mais à esquerda já tem procurado a Jandira, sim. Desde o início, que eles queriam chapa com o PCdoB", informa uma militante filiada ao PT-RJ há nove anos, que já serviu a uma deputada eleita pelo partido e prefere não se identificar. Ela lembra que a dissidência partidária surgiu desde o início da campanha, quando o fracasso na coligação com o PMDB gerou um movimento pró-Jandira, que contou com apoio da executiva nacional dentro do PT.
Procurados, o PDT negou os rumores e o candidato petista preferiu não comentar. O PCdoB não confirmou nem negou a aproximação com petistas e pedetistas.
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